As dúvidas sobre o ritmo em que pode se dar a condução da política monetária nos Estados Unidos voltaram a pairar e influenciaram o apetite por risco dos investidores para o mercado acionário local ontem. Em um dia de volatilidade, o Ibovespa abriu a sessão de negócios em queda, passou para o terreno positivo no início da tarde, para fechar próximo da estabilidade em leve alta de 0,06%, aos 85.602 pontos.
Ontem, os contratos futuros de petróleo fecharam novamente em alta, invertendo a trajetória de desvalorização vistas durante a manhã, com os investidores de olho na cena geopolítica, incluindo tensões crescentes entre a Arábia Saudita e rebeldes iemenitas e entre os Estados Unidos e o Irã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em junho fechou em alta de 0,35%, a US$ 68,64 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para o mesmo mês avançou 0,88%, a US$ 74,71.
Essa virada da commodity influenciou a bolsa por aqui, levando o papel da Petrobras PN a valorizar 0,54% e, juntamente com os ganhos de blue chips do setor bancário, como Itaú Unibanco PN ( 0,18%) e as units do Santander ( 0,90%), ajudaram o Ibovespa para um positivo próximo da estabilidade. Ainda neste grupo, Bradesco PN fechou em queda de 0,03% e Banco do Brasil ON desvalorizou 1,81%. Vale ON recuou 0,27% na contramão do minério de ferro, que subiu quase 1% no porto de Qingdao, na China.
Embalado pela alta dos juros nos mercados americanos, o d�lar mais uma vez subiu ontem em rela��o a todas as moedas, de pa�ses emergentes e desenvolvidos, o que refor�ou a tese de que o movimento cambial dos �ltimos dias n�o � somente uma avers�o ao risco por parte de investidores, mas sim uma reprecifica��o do d�lar globalmente.
Na m�xima do dia, o d�lar chegou a atingir R$ 3,4537, mas fechou a R$ 3,4497, com alta de 1,19%. O giro ficou em US$ 644 milh�es. Essa � a maior cota��o da moeda desde 2 dezembro de 2016.