A bolsa terminou o pregão de ontem em alta de 0,87%, aos 85.245 pontos. De acordo com analistas, uma pausa das apreensões relacionadas à cena política deu brecha para a continuidade do movimento de recomposição das perdas registradas até segunda-feira. O giro foi de R$ 10 bilhões.
As blue chips, com peso significativo na carteira teórica, ajudaram a sustentar a alta do índice à vista. Amparadas pela continuidade da valorização da cotação do petróleo no mercado internacional, as ações da Petrobras subiram 2,31% (ON) e 1,87% (PN). O bloco financeiro também apontou alta, com Bradesco PN subindo 2,34%, seguido pelas Units do Santander (1,96%) e Itaú Unibanco PN (1,65%). As ações ON do Banco do Brasil, que vinham em queda nos últimos dias ilustrando a tensão política, se recuperaram e encerraram a sessão em alta de 0,83%.
O dólar à vista se acalmou e devolveu ontem parte da alta acumulada nos últimos pregões - no fechamento, recuou 0,72% ante o real e fechou a R$ 3,3860. O dia foi, no geral, de enfraquecimento do dólar em relação a divisas dos países emergentes. Mas, internamente, a entrevista dada pelo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, à imprensa internacional ajudou a acalmar o mercado. Goldfajn citou que o BC tem as reservas internacionais, atualmente em US$ 383 bilhões, e estoque de swaps, próximo de US$ 24 bilhões, para fazer frente à volatilidade do mercado.