O mercado acionário doméstico operou no positivo espelhando o comportamento das bolsas globais ontem. No entanto, no plano doméstico, as incertezas sobre quem sucederá a Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda trouxeram a cautela para os negócios durante o pregão. Ainda assim, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,84%, alcançando os 85.087 pontos.
O baixo volume de negócios verificado, de R$ 7,44 bilhões, traduziu sentimento ressabiado dos investidores, de acordo com Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor. Esse giro ficou abaixo da média entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões que vinha sendo registrada no primeiro trimestre deste ano. Os investidores estrangeiros seguem saindo e, de acordo com a B3, em março, já retiraram R$ 4,808 bilhões, fazendo com que o saldo em 2018 caísse a R$ 509,480 milhões.
As blue chips operaram em alta. Entre os destaques, as ações da Petrobras, que se valorizaram, na contramão das cotações do petróleo no mercado internacional, que encerraram o dia em baixa de cerca de 0,60%. Por aqui, Petrobras ON ganhou 0,84%, e PN valorizou 1,29%. Vale ON subiu 0,96%.
O dólar negociado no Brasil cedeu a uma correção de altas recentes vinda do exterior e recuou levemente ante o real ontem. Em um dia marcado pela queda firme e generalizada da moeda norte-americana, chamou a atenção no mercado a resistência das cotações no nível dos R$ 3,30, tanto no mercado à vista como no futuro.
Segundo analistas, os motivos podem ser internos, uma vez que investidores aguardam por desdobramentos de eventos no âmbito doméstico. O dólar à vista terminou o dia em R$ 3,3093, em baixa de 0,21%.