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Porto Alegre, domingo, 01 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

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mercado de capitais

Not�cia da edi��o impressa de 02/04/2018. Alterada em 29/03 �s 18h17min

Taxa dos fundos merece aten��o

Pequenos investidores precisar�o avaliar qual � a melhor aplica��o

Pequenos investidores precisar�o avaliar qual � a melhor aplica��o


Tuane Eggers/DIVULGA��O/JC
Após a redução da taxa básica de juros (Selic) para 6,5% ao ano, e com a sinalização do Banco Central de que pode haver novas quedas, o investidor, principalmente o pequeno, precisará avaliar qual é a melhor aplicação. Afinal, é preciso ter em mente que as taxas de administração cobradas, especialmente nos fundos de renda fixa, passam a achatar ainda mais os rendimentos.
Levantamento do buscador de investimentos Yubb mostra que 97% dos fundos de renda fixa abertos e com atuação no varejo, com aplicação mínima entre R$ 500,00 e R$ 5 mil, têm taxa de administração superior a 1% ao ano. Segundo Myrian Lund, planejadora financeira, um fundo de renda fixa com taxa de administração acima de 1% fica com o rendimento comprometido. "Com as quedas sucessivas da Selic, a taxa de administração passa a pesar muito mais nos rendimentos do pequeno investidor. Uma coisa é cobrar 1% de administração quando a taxa de juros está acima de 10%. Outra coisa é cobrar o mesmo percentual quando a Selic está em 6,5%."
Em simulação feita por Myrian, tendo como base os juros atuais, caso o investidor deixasse R$ 1 mil em um fundo de renda fixa conservador, com taxa de administração de 1% ao ano, e depois de dois anos sacasse os recursos, receberia R$ 1.095,86. Se a mesma quantia fosse deixada em um fundo com taxa de administração de 2% ao ano, pelo mesmo período, ficaria em R$ 1.077,32.
No caso de fundos com aplicação mínima entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, a fatia daqueles com taxa acima de 1% cai a 52,91%. Segundo o estudo da Youbb, taxas abaixo de 1% só são maioria para os fundos com valor mínimo de entrada a partir de R$ 19 mil até R$ 23 mil - perfil que destoa do pequeno investidor.
Para o planejador financeiro Thiago Nigro, com a nova queda da Selic, o pequeno investidor fica prejudicado. "A maioria das pessoas que investem faz suas aplicações por meio dos grandes bancos. Estes, normalmente, têm o seguinte modelo de aplicação: se uma pessoa investe pouco, as taxas de administração são altas. Já quando a pessoa investe muito, o cenário tende a ser o inverso, com taxas mais baixas. Quem tem pouco a investir sofre mais."
Nesse, é mais difícil para o pequeno investidor decidir onde aplicar suas economias. Nigro ressalta que, antes de investir, é preciso criar um fundo de emergência. "É necessário pegar os gastos mensais e multiplicar por seis. Esse deve ser o valor da reserva de emergência, que pode ser colocado em rendimentos de alta liquidez, para que a movimentação seja rápida e fácil. Depois, pode-se começar a potencializar a carteira de investimento." Nigro aponta como opções os fundos de crédito privado, que costumam ter rentabilidade melhor que os DI, e os multimercados, mais agressivos e com um pouco mais de risco.
Na avaliação de Miguel de Oliveira, diretor de pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), os fundos de renda fixa continuam perdendo competitividade frente à poupança. Ele considera a caderneta uma aplicação mais vantajosa que fundos de renda fixa com taxa de administração acima de 1%.
Aquiles Mosca, superintendente executivo da Santander Asset Management, ressalta que a menor taxa de administração no Santander chega a 0,3%. O Itaú Unibanco informa que, nos últimos meses, reduziu as taxas em 14 fundos de renda fixa. O Banco do Brasil diz que está revisando seu portfólio. Bradesco e Caixa não se pronunciaram.
 
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