Escritórios têm alta nos preços de venda

Já os valores para locação de salas comerciais recuaram no primeiro mês do ano em quatro cidades pesquisadas

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Em Porto Alegre, metro quadrado está avaliado em R$ 7.587,00
O mercado de salas e conjuntos comerciais começou o ano mostrando recuperação nos preços de venda, embora os valores de locação sigam em baixa, na média, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feita a partir dos anúncios no site Zap Imóveis.
O preço médio anunciado de venda dos imóveis comerciais nessas cidades subiu 0,55% em janeiro em comparação com dezembro. Nos últimos 12 meses, o setor ainda acumula uma retração de 3,30%.
O levantamento engloba escritórios de até 200 metros quadrados (m2) em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. No mês, a pesquisa registrou alta nos preços de venda em três das quatro cidades pesquisadas: São Paulo (0,69%, para R$ 10.035/m2), Rio de Janeiro (0,60%, para R$ 10.593/m2) e Porto Alegre (0,43%, para R$ 7.872/m2). Apenas Belo Horizonte foi na contramão (-0,09%, para R$ 7.587/m2).
Já o preço médio anunciado de aluguel das salas e conjuntos comerciais em janeiro recuou 0,10% na comparação com dezembro de 2017. No acumulado dos últimos 12 meses, a baixa atingiu 3,51%.
No mês, duas cidades tiveram alta nos preços de locação: São Paulo (0,13%, para R$ 43,28/m2) e Porto Alegre (0,20%, para R$ 31,28/m2). Sofreram diminuição Belo Horizonte (-0,59%, para R$ 30,60/m2) e Rio de Janeiro (-0,45%, para R$ 41,97/m2).
O investimento em imóveis comerciais tem oferecido um retorno médio inferior ao CDI desde 2014, diferencial que se acentuou a partir de 2015. Nos últimos 12 meses, o CDI apresentou uma rentabilidade média de 9,4%, enquanto os proprietários de imóveis comerciais obtiveram um retorno médio de 1,8% - percentual que inclui a renda média do aluguel e a valorização dos ativos.
 

Índice que reajusta aluguel aumenta 0,07% em fevereiro, segundo pesquisa da FGV

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) encerrou fevereiro com alta de 0,07%, ficando abaixo do registrado em janeiro (0,76%), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No primeiro bimestre de 2018, subiu 0,83%, mas manteve-se em queda no acumulado dos últimos 12 meses (-0,42%). A taxa é usada na correção de aluguéis.
Sobre o mesmo período de 2017, o IGP-M de fevereiro registrou expressiva desaceleração. No mesmo mês de 2017, o índice tinha subido em 0,08% e acumulava aumento de 5,38%, em 12 meses.
Entre os três componentes do IGP-M, o que mais contribuiu para esse resultado foi o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que recuou 0,02%, ante 0,91%. No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) alcançou 0,28%, puxado por alimentos (de 1,11% para 0,07%).
No INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), a alta atingiu 0,14%, exatamente a metade da variação de janeiro (0,28%), e a principal influência foi a do grupo materiais, equipamentos e serviços, com aumento de 0,32% ante 0,59%. O custo da mão de obra ficou estável. Em janeiro tinha ficado próximo de zero (0,03%).