Café do Lago será licitado até junho de 2018

Localizado no Parque da Redenção, prédio está abandonado desde agosto de 2014

Por Isabella Sander

Espaço foi fechado após um ano, sob a justificativa de que não dava lucro
Fechado desde agosto de 2014, o Café do Lago, localizado dentro do Parque da Redenção, em Porto Alegre, será revitalizado. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), equipes da prefeitura já estão trabalhando para o lançamento de um edital público em busca de novos interessados em administrar o espaço. A previsão é de que a licitação seja publicada no primeiro semestre de 2018.
Quem for vitorioso no certame e assumir o Café do Lago também ficará responsável pela revitalização do espaço, que se encontra em estado de abandono, com sua estrutura depredada e usada como abrigo pela população de rua. O projeto com as intervenções precisará seguir todas as diretrizes do patrimônio histórico-cultural estabelecidas por lei, uma vez que o parque e sua infraestrutura são tombados desde 1997. Ainda não há informações sobre como a qualificação ocorrerá.
O prédio do Café do Lago pertence à prefeitura, que dá permissão a empresários para seu uso comercial, nos moldes do que ocorre em outros locais, como o Mercado Público e o viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros. Antigamente, o espaço operava como o bicicletário do parque, mas, desde 2001, foi disponibilizado para funcionar como café. Da última vez que esteve aberto, o estabelecimento funcionou por um ano e, depois, fechou sob a justificativa de que não dava lucro, devido às depredações e ao limite no horário de funcionamento, até as 22h.
Quando reaberto, o Café do Lago funcionará em condições diferentes das existentes em 2014 - desde então, a Redenção ganhou um cercamento eletrônico, através de 26 câmeras de vigilância, que inibirão eventuais depredações. Dos 26 aparelhos, 21 foram instalados há um ano. O monitoramento é feito pelo Centro Integrado de Controle (Ceic) de Porto Alegre e pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).
Segundo o Ceic, o sistema de videomonitoramento está funcionando a pleno. Não há previsão de ampliar o número de equipamentos na Redenção, mas está sendo estudada a ampliação do sistema para outras praças e parques.

Parque Marinha terá cercamento eletrônico

O próximo parque a receber cercamento eletrônico será o Marinha do Brasil. O projeto prevê nove câmeras, além das seis já existentes. Financiado pelo Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Badesul), o cercamento já era previsto desde 2016, pois integrava o mesmo pacote de intervenções da Redenção.
A estimativa da antiga gestão da prefeitura, de José Fortunati, era que a instalação dos aparelhos no Marinha ocorresse em janeiro de 2017. No entanto, conforme o Ceic, o projeto ainda está em fase de prestação de contas e liberação de recursos. A implementação deve acontecer em 2018.
Além do Marinha, também existe um projeto para que o cercamento eletrônico se estenda aos parques da Harmonia, no bairro Praia de Belas, Parcão, no Moinhos de Vento, e Germânia, no Passo d'Areia; e às praças da Encol, no bairro Bela Vista, e Chico Mendes, no Jardim Leopoldina.