A Oi afirmou que tem mantido contato com todos os credores e demais "stakeholders" (partes interessadas) envolvidos em seu processo de recuperação judicial. O posicionamento é uma resposta ao comunicado divulgado pelo CEO da assessoria financeira G5/Evercore, Corrado Varoli, representante de um grupo de bondholders da tele. No texto ele classifica de "impensável" a recusa da companhia em negociar com seus credores.
"A empresa assinou NDA (acordo de confidencialidade) com diversos grupos, e propôs os mesmos termos ao G5 Evercore, que se recusou a aceitar os termos do documento padrão, configurando assim uma estratégia jurídica para a negociação", diz a Oi. De acordo com a tele, a primeira proposta do grupo G5, "feita por meio da imprensa", era genérica e demandava detalhamento. Uma proposta detalhada pela Oi permite que a companhia faça avaliação mais adequada.
"A gestão da Oi reafirma seu objetivo de manter as conversas com o G5 e buscar uma negociação baseada nos pilares utilizados em todas as discussões, que visam garantir a sustentabilidade e perenidade do negócio e assegurar as melhores condições operacionais e financeiras para a companhia."
Ontem, o secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, André Borges, classificou como "normal" o prazo demandado por credores e acionistas da Oi para chegar a um acordo sobre o encaminhamento do plano de recuperação judicial da operadora e acredita que o desfecho só virá "no fim do jogo, já na prorrogação". Além disso, Borges admitiu que é exacerbado o valor das multas regulatórias aplicadas contra a companhia, que respondem por R$ 11 bilhões das dívidas de R$ 65 bilhões dentro do processo.