Produtores protestam contra preço do leite

Produtores de leite ligados à agricultura familiar ingressaram, no final da manhã de ontem, no terreno da Casa Branca, sede social do governo estadual no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio

Por Thiago Copetti

Casa Branca, sede do governo estadual no parque, foi alvo de manifestação de criadores prejudicados pela baixa cotação
Produtores de leite ligados à agricultura familiar ingressaram, no final da manhã de ontem, no terreno da Casa Branca, sede social do governo estadual no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Os manifestantes queriam ser recebidos pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), mas acabaram negociando com o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, para desocupar o local, próximo das 14h30min, e agendar um encontro com Sartori nos próximos dias.

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Aliança Láctea vai solicitar a compra de 50 mil toneladas

Representantes do setor lácteo da região Sul do País vão encaminhar ao Ministério da Agricultura (Mapa) um pedido de compras governamentais urgente de leite em pó ou leite UHT.
A definição ocorreu na manhã de ontem, em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada na Expointer. Durante o encontro, os secretários de Agricultura do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul discutiram os problemas do setor e as providências necessárias para superar as dificuldades, entre elas o preço do leite tanto para os produtores quanto para a indústria.
O pedido do Sindicato das Indústrias do Rio Grande do Sul (Sindilat) é que o governo federal faça a aquisição de 50 mil toneladas de leite em pó ao preço mínimo de R$ 14,30 o quilo ou 425 milhões de litros de leite UHT ao preço mínimo de
R$ 2,20 o litro. O volume representa um montante de R$ 730 milhões em recursos federais.
Segundo Ronei Volpi, assessor da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que assumiu a coordenação da Aliança Láctea no lugar do presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues, o pleito será encaminhado ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
"O problema não é só do Rio Grande do Sul, é nacional. Por isso as ações precisam ser nacionais. Se continuar como está, não são só os produtores que vão quebrar, mas também as indústrias", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Na avaliação da entidade, a pauta precisa ser unificada para que a reivindicação ganhe força.