Depois de denúncia envolvendo a JD Construções, antiga responsável pela limpeza de bocas de lobo nas ruas e avenidas de Porto Alegre, a Cootravipa acabou assumindo o serviço. Porém, foi encontrado superfaturamento também em relação à cooperativa, fazendo com que a prefeitura rescindisse os contratos com a prestadora. Agora, a Cootravipa é alvo de processo administrativo da PGM, que visa torná-la inapta para futuras licitações. A procuradoria investiga internamente a prefeitura em relação ao superfaturamento de mais de R$ 10 milhões em contratos do DEP com a cooperativa e outras empresas terceirizadas, desde 2011. Em paralelo a isso, a Polícia Civil realiza investigação criminal.
No mês passado, a PGM obteve a suspensão da liminar concedida pelo 11º Grupo Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) à Cootravipa, a qual determinava o pagamento de 70% dos valores cobrados pela cooperativa por serviço prestados ao DEP. A decisão suspendeu parcialmente a medida cautelar expedida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que retinha totalmente os pagamentos realizados.
Os quatro contratos, mantidos pelo departamento junto à Cootravipa para execução de manutenção corretiva, foram extintos. Em relação à JD Construções, primeiro alvo da investigação, foram recuperados através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) cerca de
R$ 3,5 milhões.
Sobre a JB Comércios e Serviços Ambientais, foi instaurada sindicância. Para as empresas REF Manutenções e Locações Ltda. e Imbil Indústria e Manutenção de Bombas Ltda., foram ajuizadas ações de improbidade. A 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre determinou a indisponibilidade dos ativos financeiros de Francisco Mellos (ex-diretor adjunto do DEP), Paulo Guilherme Silva Barcellos da Silva (ex-diretor de Conservação; fiscal de contrato), da REF e da Imbil até o limite de R$ 3.220.908,18, bem como a restrição dos veículos dos ex-diretores e das empresas. A empresa Grimon apresentou laudo comprovando não haver problemas de estrutura.