Comentar

Seu coment�rio est� sujeito a modera��o. N�o ser�o aceitos coment�rios com ofensas pessoais, bem como usar o espa�o para divulgar produtos, sites e servi�os. Para sua seguran�a ser�o bloqueados coment�rios com n�meros de telefone e e-mail.

500 caracteres restantes
Corrigir

Se voc� encontrou algum erro nesta not�cia, por favor preencha o formul�rio abaixo e clique em enviar. Este formul�rio destina-se somente � comunica��o de erros.

Porto Alegre, quarta-feira, 17 de maio de 2017. Atualizado �s 23h21.

Jornal do Com�rcio

JC Log�stica

COMENTAR | CORRIGIR
Not�cia da edi��o impressa de 18/05/2017. Alterada em 17/05 �s 18h44min

'S� vamos investir se as reformas sa�rem', diz fundador da Cosan

Para Ometto, Estado empres�rio provoca o aumento da corrup��o

Para Ometto, Estado empres�rio provoca o aumento da corrup��o


RAQUEL CUNHA/FOLHAPRESS/JC
O empresário Rubens Ometto, fundador do grupo Cosan, que atua na distribuição de combustíveis, usinas sucroalcooleiras a logística, está otimista em relação à economia. Ometto diz que o presidente Michel Temer fez importantes mudanças desde que assumiu, como importantes reformas. Para ele, as reformas são essenciais para atrair investimentos.
O senhor vê sinais de recuperação da economia?
Rubens Ometto - Vejo que o Brasil está melhorando. (O presidente) Temer está fazendo um excelente trabalho. O fato de ele dizer que não é candidato permite não fazer um governo populista. Ele está querendo deixar como legado as reformas e fazer o que precisa ser feito. Já aprovou o teto dos gastos, está conduzindo as reformas trabalhista e previdenciária. Depois, virão a política e a tributária. Com isso, fará com que a inflação caia e que o País acabe com o déficit fiscal. A inflação caindo, tem reflexo nos juros e aumenta a credibilidade do Brasil.
Mas já há ambiente para criar emprego?
Ometto - Se o País voltar a crescer, claro que há. Arriscaria dizer que, se Temer não conseguir fazer as reformas, não vai mais ter reforma. Ele é do ninho político. Ele tem condição de convencer (os políticos) e entender as demandas. Até agora está (convencendo). Temos de apoiá-lo porque é fundamental para o País. E, se não for aprovado, estamos entre o céu e inferno.
Quais são as prioritárias?
Ometto - Todas. O Brasil precisa se modernizar. Por que existe a corrupção? Porque você tem um Estado fortemente empresário. Se você tira o governo da posição de empresário, não tem corrupção. Se tem corrupção na minha empresa, eu combato. Se é uma empresa do governo, não tem ninguém olhando isso com interesse macro. Se tirar o governo como empresário, a corrupção diminui.
Havia no governo anterior uma relação promíscua entre o setor privado e público?
Ometto - No governo petista piorou muito. Mas em qualquer governo que tenha o Estado (atuando) como empresário, o convite à corrupção é muito grande.
Como combater isso?
Ometto - Sistema de gestão com meritocracia. Qual o estímulo que tem uma pessoa que é funcionária pública e não pode ser mandada embora? Se não tem dono, não tem gente em cima preocupada em fazer uma gestão saudável e dar o máximo do rendimento.
O prefeito Doria ganhou a eleição com esse discurso. O senhor acha que falta um pouco de gestor no governo federal?
Ometto - Acho. O Doria é um caso específico. Tem de fazer com que isso seja generalizado. Surgirão outros expoentes como ele.
Há resistência dos servidores à reforma da Previdência. O governo tem de endurecer?
Ometto - Tem que ser duro o suficiente até conseguir aprovar. O ótimo é o inimigo do bom.
O que compete ao governo exatamente?
Ometto - O setor público tem de se concentrar em saúde, educação e defesa. Não deve se meter na parte econômica, fazendo intervenção com política artificial de preços. Não se controla a inflação intervindo na economia. Já se tem as agências reguladoras. Vamos muito a Brasília pedir autorização. Isso leva você a supervalorizar o funcionário público.
Como o senhor vê o cenário econômico e político para 2018? Novas lideranças vão aparecer?
Ometto - Novas lideranças sempre aparecem.
O senhor tem ambição política?
Ometto - Não. Nem para cargos.
A imagem do empresariado ficou arranhada com a Lava Jato?
Ometto - O empresário é sempre visto como bandido. É injusto. Única novela que eu vi que o empresário era bom foi em Pecado Capital (de Janete Clair), com o personagem de Lima Duarte (Salviano Lisboa).
Os futuros investimentos da Cosan estão ligados ao cenário político e econômico?
Ometto - Se as reformas não forem aprovadas, eu não tenho interesse nenhum em fazer investimentos no Brasil.
 
COMENTAR | CORRIGIR
Coment�rios
Seja o primeiro a comentar esta not�cia