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Rússia veta investigação da ONU sobre ataque químico
Para os EUA, Moscou está se isolando da comunidade internacional
Em uma reunião tensa no Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta quarta-feira, os Estados Unidos afirmaram que a Rússia está "se isolando na comunidade internacional" ao manter o apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad. Como previsto, Moscou vetou uma resolução que instalaria uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o ataque químico que deixou mais de 80 mortos no nordeste sírio na semana passada. Foi o oitavo veto russo a uma resolução contra Assad desde o início da guerra civil no país do Oriente Médio, em 2011.
"Aos meus colegas da Rússia, vocês estão se isolando da comunidade internacional a cada vez que os aviões de Assad lançam outra bomba de barril em civis e toda vez que Assad tenta matar de fome uma comunidade", disse a embaixadora norte-americana no Conselho da ONU, Nikki Haley.
O representante britânico, Matthew Rycroft, informou que exames conduzidos no local do ataque indicaram a presença de gás sarin. Rycroft acusou a Rússia de "ficar ao lado de um criminoso e assassino bárbaro em vez de seus pares internacionais".
O enviado russo, Vladimir Safronkov, rebateu: "Estou surpreso que essa seja a conclusão. Ninguém visitou até agora o local do crime. Como você sabe isso?". Ele exigiu que o britânico o olhasse ao afirmar que não permitiria "que a Rússia fosse insultada".
A reunião do Conselho de Segurança ocorreu em meio à visita do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, à Rússia, onde ele se encontrou com o chanceler Sergei Lavrov e o presidente Vladimir Putin. Este último afirmou, em uma entrevista à imprensa local, que as relações com Washington pioraram desde a posse do presidente Donald Trump, visto como mais simpático a Moscou do que o ex-presidente Barack Obama.
Tillerson ecoou essa impressão de Putin ao afirmar que "há um baixo nível de confiança entre nossos países". Lavrov defendeu a realização de uma investigação independente sobre o ataque químico.
Em entrevista, Trump diz que não irá enviar tropas ao país
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país não irá se envolver mais profundamente na guerra na Síria, com o envio de tropas, por exemplo, mas que ele teve de agir devido ao ataque químico que ocorreu na semana passada. "Nós vamos nos envolver na guerra na Síria? Não", enfatizou o republicano.
Em entrevista para o canal Fox News, o presidente ressaltou que, quando viu as consequências do ataque de gás sarin na Síria, que matou 85 pessoas, "teve de tomar uma atitude". Por isso, mandou bombardear a região.