Donald Trump pretende barrar transferências de Guantánamo

Presidente eleito afirmou que não vai permitir que prisioneiros voltem ao 'campo de batalha'

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Prisão ainda abriga 60 detentos e custa mais de US$ 400 milhões anuais
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, divergiu sobre o destino que o governo de Barack Obama pretende dar aos detentos da prisão de Guantánamo, no mais novo embate entre a administração que está deixando a Casa Branca e a que vai assumir no próximo dia 20. Em mensagens publicadas no Twitter, o republicano afirmou que prisioneiros não deveriam mais ser transferidos da prisão em Cuba, ainda que Obama pretenda retirar 23 dos 59 detentos ali.
"Não deve haver novos detentos liberados de Guantánamo. Estas pessoas são extremamente perigosas e não devem ser permitidas a voltar ao campo de batalha", disse.
Em resposta, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que Obama gostaria de agir para reduzir a população encarcerada na prisão. "Eu gostaria de ver novas transferências", disse. "Ele (Trump) terá a oportunidade de implementar a política que acredita ser a mais efetiva quando assumir, em 20 de janeiro."
O governo atual planejou as transferências de forma a reduzir o número de presos para aproximadamente 40. Desde os ataques de 11 de Setembro, a prisão recebeu mais de 800 pessoas. Destas, 532 foram liberadas ainda sob a gestão de George W. Bush, enquanto outras quase 200 foram soltas por Obama, muitas delas por falta de provas.
No início de 2016, Obama submeteu ao Congresso um plano para reduzir a capacidade do presídio e seu posterior fechamento, o que foi rejeitado pelos republicanos. "Gastar milhões de dólares, ano após ano, para manter menos de 60 homens em um complexo em Cuba não é consistente com nossos interesses como uma nação e prejudica nossa posição frente ao mundo", declarou o democrata em dezembro. Estima-se que as despesas anuais com Guantánamo fiquem entre US$ 400 milhões e US$ 450 milhões.

Estratégia republicana é culpar democratas pelo Obamacare

Na série de declarações que postou em seu perfil no Twitter, Donald Trump alertou os republicanos do Congresso para que se mantenham concentrados em culpar os adversários pela lei de saúde que ficou conhecida como Obamacare. O presidente eleito disse que "os parlamentares devem ter cuidado, porque os democratas são os donos do fracassado desastre do Obamacare". O bilionário também alegou que as "franquias são tão altas que o plano é praticamente inútil".
O vice de Trump, Mike Pence, declarou que o próximo governo vai trabalhar para desfazer os programas promovidos pela gestão de Barack Obama. "Em 20 de janeiro, Trump irá utilizar ordens executivas para reverter programas de saúde e outras políticas", avisou.

Trem descarrila em Nova Iorque e deixa 103 feridos

Um trem descarrilou durante a hora do rush ontem, em um terminal do Brooklyn, em Nova Iorque, deixando 103 feridos. Segundo o Departamento de Bombeiros local, nenhuma das vítimas sofreu ferimentos graves. Ao menos 11 pessoas foram levadas ao hospital.
Segundo as autoridades municipais, o acidente aconteceu às 8h30min (11h30min em Brasília), quando um trem da companhia Long Island Rail Road, com aproximadamente 600 pessoas a bordo, saiu dos trilhos ao chegar no Atlantic Terminal, no Brooklyn.As causas do descarrilamento não estão claras. Em entrevista coletiva, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, disse que o trem estava se movendo em velocidade lenta antes do acidente.