Robô altera preços para evitar que varejistas percam vendas

Sistema utiliza inteligência artificial e é aposta da Becommerce para aumentar conversão durante a Black Friday

Por Patricia Knebel

Becommerce aposta na ferramenta para aumentar conversão durante as promoções da Black Friday
Especializada na integração do site de lojistas a marketplaces, a Becommerce aposta em uma solução que usa inteligência artificial para ajudar os varejistas a aumentar as vendas. O robô lojista, como está sendo chamado, fiscaliza os preços dos concorrentes e diminui o valor dos produtos automaticamente caso uma outra loja faça uma oferta. Isso é feito a partir de regras pré-determinadas.
A empresa pode definir, por exemplo, que até um valor específico o sistema possa acompanhar o preço do concorrente. Cerca de 2 mil lojistas virtuais já aderiram ao robô lojista, entre eles. marcas como Adidas, Dona Karan e Armani usam essas soluções dentro do marketplace do Mercado Livre.
"A nossa expectativa é conseguir multiplicar por 10 as vendas dos clientes que usarem essa ferramenta durante a Black Friday", afirma o CEO da Becommerce, Frederico Flores. Análise da Ebit, empresa referência em dados sobre o varejo eletrônico brasileiro, aponta que a promoção, que ocorre no próximo dia 25, deve movimentar R$ 2,1 bilhões, crescimento de 30% em relação a 2015.
O robô lojista está há cerca de um ano sendo validado por alguns clientes da startup. Durante esse período, vários aprimoramentos foram sendo feitos. Inicialmente, o computador analisava o cenário e propunha a troca de preços, que era aceita manualmente pelo lojista. Agora, o computador toma as decisões de forma 100% automática, sem intervenção humana.
Flores comenta que a inteligência artificial está sendo usada também para aumentar a taxa de conversão dos consumidores que entram em contato com as lojas em busca de informações. Isso porque o robô consegue responder rapidamente às dúvidas dos usuários, como especificações técnicas, ritmo que os vendedores dos marketplaces não conseguem acompanhar. 

Farmacêutica adota Watson para pesquisa de medicamentos

O IBM Watson for Drug Discovery está auxiliando a área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da farmacêutica brasileira TheraSkin, a primeira companhia em saúde na América Latina a usar computação cognitiva da IBM para a descoberta de produtos para cuidados com a pele.
A solução está hospedada na nuvem e usa computação cognitiva para disponibilizar visualizações dinâmicas e classificações de pesquisas da área clínica. Esta análise é baseada em evidências extraídas dos mais recentes artigos, periódicos médicos, livros e registro de patentes.
A ideia é que esse tecnologia auxilie cientistas a identificarem relações entre genes, proteínas e medicamentos relacionados às doenças em estudo, agilizando o processo de novas descobertas científicas.
"Com a integração do Watson ao nosso time de PD&I seremos capazes de avaliar milhares de documentos e literaturas em um intervalo de tempo que nos meios tradicionais seria impossível, bem como gerar novas hipóteses de pesquisa com grande capacidade preditiva", afirma o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da TheraSkin, Deli Oliveira.
Segundo ele, a intenção também é respaldar muitos projetos que estão em fase inicial, consolidar outros em andamento e tornar possível trilhas diferenciadas e ágeis no desenvolvimento de produtos longe daquilo que é óbvio.
A plataforma Watson for Drug Discovery faz parte do portfólio de serviços da unidade global de negócios IBM Watson Health, que foi lançada em abril de 2015 e possui a proposta de melhorar a assistência ao paciente por meio de projetos com computação cognitiva.
"Na área da saúde, a computação cognitiva dá suporte a profissionais - sejam médicos, cientistas ou empresas - para que suas decisões sejam cada vez mais baseadas em dados científicos e por fim, mais precisas", ressalta o líder da unidade IBM Watson Health no Brasil, Eduardo Cipriani.