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Porto Alegre, quinta-feira, 13 de outubro de 2016. Atualizado �s 20h47.

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artes c�nicas

Not�cia da edi��o impressa de 14/10/2016. Alterada em 13/10 �s 16h12min

Grupo de artistas lan�a publica��o sobre seus processos artist�cos

Necitra lan�a neste s�bado a publica��o Desdobramentos, experimentos com circo, dan�a e teatro

Necitra lan�a neste s�bado a publica��o Desdobramentos, experimentos com circo, dan�a e teatro


REICHEL REUS /DIVULGA��O/JC
Michele Rolim
O Necitra (Núcleo de Experimentações Cênicas e Transversalidade) se autodefine como um grupo de artistas que faz da diversidade a sua identidade. Neste sábado, o coletivo lança a publicação Desdobramentos, experimentos com circo, dança e teatro, às 19h, no Canto 400, na Usina do Gasômetro (Presidente João Goulart, 551 - sala 400), com entrada franca.
O livro nasceu da ideia de compartilhar os processos artísticos, os modos de gestão, as estratégias de produção e divulgação dentro do projeto Desdobramentos desenvolvido no núcleo. Os textos têm organização de Diego Esteves, Fernanda Boff e Ana Carolina Klacewicz. Desdobramentos, segundo o coordenador do Necitra, Diego Esteves, foi um projeto criado com o intuito de estruturar o trabalho dos artistas que formam o grupo.
Em 2013, aconteceu a primeira edição do evento, no qual artistas compartilhavam com o público seus processos de criação. Aconteceram 10 edições (e mais quatro edições especiais) do Desdobramentos. "Ele foi uma importante ferramenta para a consolidação do núcleo, para o desenvolvimento dos artistas que compõem esse espaço, e para as relações construídas", acredita Esteves. O objetivo, segundo ele, era fazer dos processos individuais um processo coletivo, criando um espetáculo único, que nunca se repetirá.
O grupo, que atua na cidade desde 2009, tem gestão e características um tanto particulares. Atualmente, é formado por diversos artistas com experiência no campo artístico e educacional, que trazem para o grupo suas pesquisas individuais e as compartilham em criações conjuntas. São eles: Caroline Mendes, Diego Esteves, Fernanda Bertoncello Boff, Iassanã Martins, Karine Rico, Natália Chaves Bandeira, Nina Eick, Paola Vasconcelos, Patricia Nerdelli, Ramon Ortiz e Wagner Goulart.
Essas pesquisas, expressadas em obras cênicas, textos, vídeos e fotos, têm como base a formação desses artistas (circo, dança, teatro), sob o conceito de transversalidade: possibilidade do trânsito não hierárquico do conhecimento, encontro de técnicas, criações híbridas e conscientes. São realizados espetáculos, performances, estudos e experimentações no âmbito das artes cênicas, com ênfase em circo, oficinas permanentes e cursos esporádicos. "Nos anos 1980, o contexto pedia uma forma de organização; agora, a contemporaneidade pede outra, uma forma mais independente e horizontal", diz Esteves.
O grupo já fez diversos espetáculos, como Gestos e restos, Ramonster - malabareador de ideias, Coisarada, O inventor de usamentos, Mistureba, Tubo de ensaio e Espaço arcabouço. No entanto, ainda nenhum com todos os componentes do grupo. "O Necitra surge das condições do meio: se não temos lugar para criar, pensamos a produção para espaços alternativos, por exemplo", pontua Esteves.
Neste momento, além das criações individuais dos integrantes, os artistas do grupo também atuam no projeto Necitra vai ao bar, que resgata os espetáculos de Vaudeville, o qual eram pontos de encontro de artistas e admiradores, normalmente em bares e casas noturnas, com coordenação de Ramon Ortiz. "O Necitra se baseia em uma criação eficiente, ou seja, ela normalmente é compacta, tem um pequeno elenco e não exige dinheiro para criar e circular", diz Ortiz.
Desde 2015, o grupo integra o Projeto Usina das Artes, ocupando uma das salas da Usina do Gasômetro. "Não ficamos esperando investimento público, buscamos outras formas alternativas, que inclui ir até o público e ampliar os canais de comunicação com ele", completa Esteves.
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