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Porto Alegre, quinta-feira, 06 de outubro de 2016. Atualizado �s 21h28.

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Not�cia da edi��o impressa de 07/10/2016. Alterada em 06/10 �s 16h40min

Com sess�o �nica, Lied Ballet se apresenta em Porto Alegre

Lied Ballet faz sess�o no Teatro do Bourbon Country

Lied Ballet faz sess�o no Teatro do Bourbon Country


FR�D�RIC LOVINO /DIVULGA��O/JC
Transgressor é um adjetivo associado ao trabalho do coreógrafo Thomas Lebrun - pois ele chega a Porto Alegre nesta sexta-feira, às 21h, com seu Lied Ballet para sessão única no Teatro do Bourbon Country. Ingressos entre R$ 50,00 e R$ 180,00, à venda na bilheteria do local.
"Não sei o que seria transgressão. Eu me forço a criar uma peça que questiona e que incomoda algumas ideias pré-concebidas. É como uma afirmação da diversidade. Talvez seja essa a transgressão?", devolve ele a pergunta, por e-mail.
O espetáculo, apresentado em três atos, une duas grandes referências do período romântico em roupagem atual: o Lied, palavra de origem alemã e de gênero neutro, que representa a música erudita cantada sobre poema estrófico, e o balé.
Os temas românticos são transformados em movimento, criando uma escrita coreográfica que começa com mímica e termina em abstração. No final, tudo se conjuga em um grande coro desafiando gêneros e categorias, expressando fundamentalmente a confiança do artista no corpo dançante.
"A proposta combina herança coreográfica e criação contemporânea. É como a estrutura em três atos do balé romântico, explorando diferentes ramos da história da dança", relata Lebrun. No palco estão oito dançarinos que, juntos, fazem de si um legado coreográfico e musical, afirmando-se, como Lebrun descreve, "não tanto como criadores, mas como fabricantes, atores, reatores, transmissores de uma história que não podemos controlar, que nos carrega e nos alimenta".
O primeiro ato, centrado na força da simplicidade gestual, guiado por versos e sonhos, e ritmado por fotos post-mortem vitorianas, marca o encontro de personagens ímpares: crianças falecidas, uma jovem, doce e pálida garota, uma burguesa solitária à beira da loucura e um poeta amaldiçoado prostrado pelo peso do mundo.
Um segundo ato, com canções de Berg, Mahler e Schoenberg, dá aos oito bailarinos tempos coreográficos precisos que delineiam espaços, ecoando as variações pas de deux e pas de trois, conhecidas do ballet.
O terceiro ato, de refrão, escrito ao som de uma composição musical de David François Moreau, dilui e coloca novamente em foco a questão social, acelerando o ritmo, prendendo o indivíduo em um loop e seguindo os passos dos mais velhos, do desconhecido, dos que já partiram e foram apagados.
Lebrun concorda que a dança precisa de mais visibilidade - e não só no Brasil. "Por exemplo, no Centro Coreográfico Nacional em Tours, na França, temos um trabalho constante em mostrar para a plateia a importância de dar visibilidade à dança", afirma ele, que dirige o local, referência no tema.
Ele já trabalhou com companhias de vários países - da China ao Brasil. Por aqui, em 2009, desenvolveu atividade juntamente com o grupo Tapias, do Rio de Janeiro. "Ultimamente, na Rússia, tivemos também uma experiência muito forte, com reunião de ideias e culturas, descobrindo outras pessoas. Para compartilhar verdadeiramente um ato criativo, paixão é necessária em ambos os lados - e quando isso acontece, é uma experiência íntima poderosa", finaliza Lebrun.
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