Candidatos pedem voto para o segundo turno

Propagandas buscam conquistar os indecisos, com justificativa de ampliar o debate na sequência da disputa

Por Bruna Suptitz

No domingo anterior ao pleito, partidos fizeram ações na Redenção
Diferente da última eleição municipal, o pleito à prefeitura de Porto Alegre deverá ter segundo turno neste ano. As pesquisas realizadas entre os eleitores apontam quatro candidatos com chance de seguir na disputa: Sebastião Melo (PMDB), Raul Pont (PT), Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Luciana Genro (PSOL).
De olho nos eleitores indecisos, os candidatos usam as atividades de campanha e as propagandas de rádio e televisão para falar em continuidade do pleito.
No seu programa, Luciana diz que "a luta na televisão é desigual" e pede voto lembrando que, no segundo turno, o tempo de exposição na mídia é o mesmo.
Marchezan usa as inserções para falar do seu crescimento nas pesquisas e aponta esse como um dos motivos para seguir na disputa.
Melo, atual vice-prefeito, tem feito uso desse argumento desde os primeiros dias da campanha. Na propaganda de rádio e televisão, pedia o voto da população para "ir ao segundo turno".
Em atividade no Parque da Redenção na manhã de ontem, Pont realizou um passeio de bicicleta com apoiadores e assinou termo de compromisso com o coletivo Mobicidade para o incentivo a meios de transporte não motorizados. Em uma roda de conversa, o petista agradeceu o trabalho da militância e pede que trabalho continue "para chegar ao segundo turno".
As propagandas em rádio e televisão seguem até a próxima quinta-feira, dia 29. Na imprensa escrita, o último dia para veiculação de material pago é nesta sexta-feira primeiro turno das eleições será no dia 2 de outubro e o segundo turno, no dia 30.

Papel de prefeitos e vereadores é garantir a prestação de serviços básicos para os cidadãos

É dos prefeitos e vereadores que representarão os 5.568 municípios brasileiros até 2020 a responsabilidade pela prestação de serviços públicos de grande relevância no cotidiano do cidadão.
Caberá aos eleitos no dia 2 de outubro garantir oferta de creches e escolas de Ensino Fundamental, serviços de saúde, saneamento básico, abastecimento de água, transporte urbano, limpeza pública e pavimentação de ruas, entre outras atribuições.
O desafio, no entanto, será conseguir executar todas essas tarefas em meio a uma acentuada queda de receitas, especialmente nas transferências de recursos pelos estados e pela União para os municípios.
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, é insustentável o desequilíbrio na distribuição de tributos, quase todos arrecadados nas cidades, mas que acabam retidos pelos governos estaduais e pela União. "Os municípios estão dilacerados, e a proposta de contenção de gastos do governo federal ajuda a enterrar ainda mais as prefeituras", protesta.
Aos cerca de 144 milhões de eleitores brasileiros, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a recomendação é que busquem entre os candidatos aqueles com maior conhecimento da realidade local e com propostas concretas para solucionar os problemas.