Tecnova RS: elevado grau de execução de recursos

Micro e pequenas empresas do Rio Grande do Sul encontraram no Programa de Apoio à Inovação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte no Estado do Rio Grande do Sul o respaldo necessário para transformar seus projetos em realidade

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Conforme Elisabete, há uma demanda por recursos de subvenção para projetos inovadores
A veia inovadora latente em muitas micro e pequenas empresas do Rio Grande do Sul encontrou no Programa de Apoio à Inovação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte no Estado do Rio Grande do Sul (Tecnova RS) o respaldo necessário para transformar seus projetos em realidade, com impacto positivo não apenas em seus negócios, mas também na sociedade. Desta forma, o mercado já ganhou ou prepara-se para receber novidades, tais como o mobiliário 100% "editável" pelo cliente, a tomada inteligente que monitora o consumo de energia, o sistema universal para conexão de equipamentos hidráulicos ou os snacks de vegetais desidratados. São exemplos dos cases bem-sucedidos da primeira edição do programa de incentivo e fomento ao desenvolvimento de produtos, serviços ou processos inovadores. O êxito de alguns deles já está até comprovado com premiações por sua capacidade inovadora, como a GMK, que conquistou o Prêmio Lançamentos Fimec na categoria Máquinas para Calçados; e a Movelaria On Line, que foi a vencedora do prêmio eAwardsBraspag 2016, na categoria Melhor e-commerce em inovação.
O Tecnova RS não é apenas um mecanismo de suporte financeiro, mas faz parte de um amplo programa de âmbito nacional, com ações regionalizadas que visam contribuir para a inovação no País, trabalhando com foco diferenciado em cada região. Além dos repasses de recursos, as empresas contam com apoio técnico e acompanhamento dos seus projetos de inovação, incluindo diagnósticos e qualificação. O programa foi estruturado com uma rede de parceiros para que, ao final de dois anos - prazo do edital, que se encerra agora em outubro -, as empresas já tenham alcançado o grau de maturação necessário em seus projetos e tenham condições de seguir em frente com seus empreendimentos.
A gerente administrativa do Tecnova na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs), Elisabete Haase Mollmann, informa que, além dos R$ 23 milhões que foram aplicados no primeiro edital, seriam necessários pelo menos mais R$ 13 milhões para fazer frente à demanda excedente, ou seja, empresas que foram avaliadas com mérito, mas acabaram não sendo habilitadas ao programa. "Existe uma demanda por recursos de subvenção para projetos inovadores", acrescenta. Por isso, a expectativa é de que seja lançada a segunda edição do Tecnova RS respaldada, principalmente, pelo alto grau de execução do recurso, o que tornou a iniciativa referência no País. Segundo Elisabete, ao final da primeira edição, 85% dos recursos já estarão executados. Além disso, oito empresas pediram prorrogação dos contratos para poderem finalizar seus projetos com êxito.
Entre outras razões, essa performance deve-se ao acompanhamento muito próximo dos especialistas que as empresas receberam ao longo desses dois anos. Também, pela primeira vez, houve o repasse de recursos para pessoa jurídica, o que resultou em aprendizado e qualificação para a própria Fapergs, que se adaptou para atender ao novo perfil de cliente. A gerente administrativa do Tecnova relata que uma equipe de cerca de 50 pessoas esteve envolvida para dar sustentação às propostas inovadoras apresentadas pelas micro e pequenas empresas, entre as quais em torno de 30 especialistas nas áreas contempladas pelo programa. Nesse aspecto, a expertise do corpo técnico da Fapergs favoreceu o andamento dos trabalhos.
O Tecnova RS fomentou a pesquisa e a inovação em oito cadeias de negócios: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); petróleo e gás; energias alternativas; saúde avançada e medicamentos; calçados e artefatos; indústria moveleira; e nos setores metalmecânico-automotivo e agroindustrial. Baseado na Lei da Inovação, o programa faz parte das políticas de governo criadas para promover a competitividade das empresas nacionais, apoiando projetos de inovação que envolvam risco tecnológico associado a oportunidades de mercado. Por isso foi direcionado para setores econômicos considerados estratégicos nas políticas públicas de desenvolvimento nacional e regional. Desse grupo, três integram a chamada Área Temática Nacional - tecnologia da informação e comunicação, energias alternativas e petróleo e gás.

Empresas por segmento

  • Agroindustrial: 10
  • Calçados e artefatos: 02
  • Indústria moveleira: 01
  • Energias alternativas: 02
  • Metalmecânico-automotivo: 04
  • Petróleo e gás: 08
  • Saúde avançada e medicamentos: 10
  • TIC: 07

Empresas por municípios

  • Porto Alegre: 20
  • Caxias do Sul: 05
  • São Leopoldo: 04
  • Pelotas: 03
  • Novo Hamburgo: 03
  • Bento Gonçalves: 02
  • Santa Maria: 02
  • Cachoeirinha: 01
  • Canoas: 01
  • Igrejinha: 01
  • Lajeado: 01
  • Selbach: 01
  • Garibaldi: 01