Empresário do comércio melhora avaliação sobre volume de demanda

Nível alcançado em julho é o maior em 11 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas

Por

Expectativa do setor teve mais alto patamar desde janeiro de 2015
Os empresários do comércio estão ligeiramente mais satisfeitos com o nível de demanda, segundo os dados do Índice de Confiança do Comércio (Icom) de julho, divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Dentro do Icom, o Índice da Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,2 ponto, para o patamar de 66,1 pontos, maior nível desde agosto de 2015. Entre os seus componentes, a maior contribuição para a melhora do indicador veio do quesito que mede o grau de satisfação com o Volume de Demanda Atual, este com elevação de 2,0 pontos em relação ao mês anterior, chegando a 65,6 pontos.
O quesito que avalia a demanda ainda está muito próximo ao nível mínimo histórico, como reflexo de um fluxo ainda enfraquecido, mas avançou 6,3 pontos apenas nos últimos três meses, ressaltou a FGV.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 1,2 ponto em julho ante junho, para 84,8 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2015, quando estava em 84,9 pontos. A alta no indicador foi determinada pelo quesito que mede o grau de otimismo com as vendas nos três meses seguintes, que avançou 2,8 pontos em relação a junho, chegando a 85,0 pontos.
"Somente nos últimos três meses, o IE-COM avançou 10,0 pontos, sinalizando uma diminuição relativamente rápida do pessimismo no setor", avaliou a Fundação Getulio Vargas, em nota oficial. Em julho, a melhora na confiança do empresário do comércio ocorreu em 10 dos 13 principais segmentos pesquisados.

Prejuízo da dona de Casas Bahia e Ponto Frio cresce mais de 800%

A Via Varejo, empresa de comércio de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar (GPA) proprietária das Casas Bahia e do Ponto Frio, registrou prejuízo de R$ 89 milhões no segundo trimestre de 2016, um aumento de 888%, ou 10 vezes acima do prejuízo de R$ 9 milhões reportado no mesmo período do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 229 milhões, uma queda de 6,5% ante o intervalo de abril a junho de 2015. A margem Ebitda passou de 5,7% para 5,3%.
A empresa também divulga o Ebitda ajustado, que exclui outras despesas e receitas operacionais, de R$ 270 milhões, um aumento de 23,9% ante o segundo trimestre do ano passado. A margem Ebitda ajustada foi de 5% para 6,2%.
A receita líquida ficou praticamente estável na comparação anual, de R$ 4,324 bilhões para R$ 4,338 bilhões. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 260 milhões, aumento de 39% ante o valor também negativo de R$ 187 milhões no ano passado.