Brasil será mais relevante para o Reino Unido

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O embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, afirmou que o Brasil será ainda mais importante para o Reino Unido após o referendo para a saída do país da União Europeia (UE), conhecido como Brexit. A declaração foi dada durante fórum sobre o tema promovido pela Câmara Britânica de Comércio (BritCham).
"O Brasil vai ser ainda mais importante em termos de economia, investimentos, educação, política, pesquisa etc. Essa é uma conclusão que na verdade o Reino Unido já chegou há alguns anos, por isso aumentou a presença no Brasil. Nós abrimos ano passado um consulado em Belo Horizonte. E elevamos também os investimentos em fundos bilaterais, para pesquisa e também o fundo de prosperidade. Foi um forte aumento da presença financeira e física", afirmou.
Falando sobre um eventual acordo bilateral entre o Reino Unido e o Brasil, Ellis notou que, após o Brexit, o Itamaraty soltou uma nota afirmando querer reforçar os laços com os britânicos. "Mas é claro que nós temos de colocar isso (possível acordo com Brasil) em termos da importância que a UE tem e continuará a ter para nós. Eles são nosso principal parceiro comercial", disse, deixando entendido que esse eventual acordo não é a maior prioridade dos britânicos.
Ele lembrou ainda que por enquanto o Reino Unido continua sendo membro da UE e, assim, não pode negociar acordos bilaterais com outros países. O embaixador também disse que o governo britânico pretende realizar um evento "Brasil week" no país no próximo ano, para reforçar os elos bilaterais.

BCE deve esperar mais dados sobre impacto do Brexit

O Goldman Sachs espera que o Banco Central Europeu (BCE) permaneça em espera, tanto em termos de política monetária quanto em relação ao programa de compra de ativos, quando ocorrer a sua reunião, na quinta-feira. Assim como o Bank of England (BoE, na sigla em inglês), que decidiu esperar por dados econômicos, o BCE também deve querer esperar por mais dados sobre o potencial primeiro impacto do voto do Reino Unido para sair da União Europeia (UE).
"Devido à ausência de dados macroeconômicos que refletem a situação após o referendo, a incerteza em relação ao impacto do Brexit deve provavelmente levar a uma situação de espera na política monetária", declarou o Goldman Sachs.
Ontem, Martin Weale, um dos membros do comitê de política monetária do BoE, disse que o Brexit tem prejudicado a economia, mas também vai empurrar para cima a inflação, uma vez que a queda da libra deve elevar os preços de importação. Weale disse que a situação "aponta para o argumento de que devemos esperar por evidências mais firmes antes de fazer qualquer mudança de política".