Nasa usa crowdsourcing para buscar designers

Agência caça talentos para a criação do logo de um novo projeto

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Nasa está recrutando profissionais para desenvolver o emblema de nova missão de exploração espacial
A Nasa está desafiando designers do mundo todo a criarem o logotipo para o projeto In-Space Manufacturing (ISM - sigla em inglês). O emblema comunicará o tema-chave da missão de exploração espacial, que é responsável pelo desenvolvimento das capacidades de produção e promoverá operações sustentáveis on-demand durante o trajeto e na superfície nas missões de exploração da Nasa. Este é considerado o primeiro passo para a realização de uma oficina mecânica no espaço, que é um componente crucial para qualquer missão profunda de exploração do espaço. A iniciativa é do Torneio Lab da Nasa, que fechou uma parceria com o portal Freelancer.com e utilizará solução crowdsourcing para selecionar o profissional que desenvolverá o logotipo. Os designers gráficos podem se inscrever no site Freelancer.com.
"Recebemos ótimos projetos de design nos últimos desafios crowdsourcing que fizemos e, mais uma vez, estamos utilizando a comunidade Freelancer para envolver a população no desenvolvimento de um logotipo para um projeto que é crucial no avanço da exploração espacial profunda", relata o subgerente da Nasa no Centro de Excelência e Inovação Colaborativa, Steven Rader.
A plataforma conta com mais de 18,7 milhões de usuários registrados e 8,6 milhões de projetos e concursos realizados, em mais de 900 áreas como desenvolvimento de sites, logotipo, marketing, direitos autorais, astrofísica, engenharia aeroespacial e manufatura. "A Nasa sempre teve uma imagem muito ligada aos Estados Unidos e, ao utilizar o nosso marketplace de profissionais, eles conseguem encontrar os talentos ao redor do mundo e também divulgar as suas ações", comenta o diretor internacional do Freelancer.com, Sebastián Siseles. O profissional relacionado para desenvolver o logotipo deverá receber cerca de US$ 300. A escolha será feita nas próximas semanas.
A expectativa é que o logotipo criado para o In-Space Manufacturing seja usado de diferentes maneiras, incluindo materiais de apresentação desenvolvidos pelo projeto, itens como camisetas e canecas e em materiais desenvolvidos para a educação e conscientização do público. O ISM apoia uma abordagem chamada faça isso, não leve isso e as principais aptidões que estão sendo desenvolvidas no projeto incluem um laboratório de fabricação de impressões 3D (Fab Lab), que pode produzir peças no espaço usando diferentes materiais para reduzir a massa e o desperdício. Em 2015, o projeto ISM enviou a primeira impressora 3D para a Estação Espacial Internacional (ISS) para fabricar as primeiras peças no espaço. A expectativa é que as novas tecnologias de impressão 3D ofereçam a possibilidade de se produzir hardware sob demanda, reduzindo diretamente o custo e o risco ao ter a parte exata ou ferramenta necessária no tempo que leva para imprimir.

UFMG e IBM firmam parceria na área da nanotecnologia

O Laboratório de Nanoespectroscopia da Universidade Federal de Minas Gerais (LabNS) e o Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil fecharam um convênio de cooperação para estudo conjunto de nanociência e nanotecnologia no Brasil. O principal objetivo da parceria é investigar novos materiais, conceitos de dispositivos e métodos de medição em nanoescala (escala molecular) para o desenvolvimento científico e tecnológico de futuras aplicações industriais em recursos naturais, especialmente, na área de óleo e gás.
Há três anos, a IBM trabalha no Brasil em estudos de nanociência e nanotecnologia e modelos computacionais focados na interação de materiais líquidos e sólidos no segmento petroleiro. O propósito é usar a nanotecnologia para ajudar a indústria a extrair mais óleo das rochas nos poços de petróleo. Com o acordo, esse conhecimento será unido à experiência em instrumentação científica do LabNS para construção de equipamentos e métodos que viabilizem a aplicação desta pesquisa no mercado. Os laboratórios pretendem utilizar nanociência e nanotecnologia para aumentar o volume de produção nos campos de exploração de petróleo, diminuindo perdas e o custo energético, visto que a hoje as taxas médias de recuperação no mundo são de apenas 30%.