E-patinete Surfer é opção de mobilidade consciente

Equipamento não poluente será comercializado por R$ 5.490,00

Por Patricia Knebel

patinete Surfer Divulgação Soma Veículos Elétricos
Que tal andar pelas ruas da sua cidade a bordo de um e-patinete elétrico, com design exclusivo, silencioso e que ainda por cima não emite gases poluentes? Pois o Surfer, projeto brasileiro de mobilidade consciente, pode chegar ao mercado em breve por meio de um financiamento coletivo. Essa pelo menos é a expectativa da Soma Veículos Elétricos, que lançou uma campanha na Kickante, plataforma de crowdfunding, para arrecadar pelo menos R$ 30 mil e iniciar a produção. O equipamento vai custar R$ 5.490.
O Surfer foi criado para ser uma opção de mobilidade sustentável, de fácil manutenção e consciência coletiva. O motor elétrico que permite circular por ciclovias ou vias urbanas de baixa velocidade, além de subir ladeiras moderadas. Tudo isso sem a necessidade de manutenções comuns entre carros ou motos. Para se locomover, o usuário dá um impulso na patinada e o equipamento acelera, alcançando cerca de 25 km/h. Ao frear, o sistema corta o movimento.
Os componentes são similares aos de uma mountain bike, ou seja, foram projetados para serem leves e de fácil reposição em caso de necessidade de troca de peças. A autonomia é de 35 km e o patinete pode ser carregado em qualquer tomada convencional. O sócio da empresa e responsável pela área de desenvolvimento de clientes da Soma, Yuri Berezovoy, comenta que durante a concepção do produto a empresa contou com uma especialista que ajudou na escolha dos compósitos do e-patinete. Isso garantiu, entre outras coisas, um processo produtivo mais flexível.
"A gente queria poder criar, errar e começar de novo sem que isso significasse um prejuízo altíssimo, o que é comum quando o maquinário é muito caro", relembra. O mesmo cuidado os sócios tiveram ao conversar com profissionais da área de sustentabilidade. Eles chegaram a considerar usar 15% de sisal, que é uma planta. Mas desistiram quando perceberam que, ao misturar com plástico, não seria possível fazer a separação para posterior reciclagem. "O nosso patinete é 100% reciclável", ressalta. O Surfer usa plástico, alumínio e madeira - nesse caso, para o acabamento. E componentes eletrônicos para o painel. Aliás, em breve, vai ganhar uma saída para bluetooth para se conectar com o celular do usuário. Pensando na segurança, Berezovoy relata que está sendo criado um sistema que vai bloquear o equipamento se o usuário se afastar e, assim, desemparelhar do bluetooth (tecnologia de conexão sem fio tem alcance de 10 a 100 metros).

Produto pode ter produção alavancada via crowdfunding

O desenvolvimento do Surfer já recebeu investimentos de cerca de R$ 2 milhões, entre recursos de editais e privados. O projeto está sendo acelerado pelo Senai -Cimatec em Salvador e participa de programas do MCTI/Startup-Brasil e CNPq, entre outros. A Soma Veículos Elétricos conta com desenvolvimento em Salvador, no Rio de Janeiro, São Paulo, Londres-Reino Unido e São Francisco (Estados Unidos).
Além disso, agora o projeto pode contar com o apoio de pessoas interessadas em ajudar no processo para que o produto chegue ao mercado. Até o dia 19 de abril, será possível contribuir no site de crowdfunding da Kickante.
O primeiro lote visa arrecadar R$ 30 mil para poder produzir seis patinetes, mas a ideia é tentar viabilizar até 50 unidades. Quem pagar o valor do equipamento - custar R$ 5.490,00 - vai receber uma edição especial do Surfer. A Kickante é a maior plataforma de financiamento coletivo do País: já lançou mais de 23 mil campanhas.