Mercedes tenta manter hegemonia

Temporada mais longa da categoria começa neste fim de semana, com o GP da Austrália

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Técnicos preparam o carro do campeão Lewis Hamilton em Melbourne
Com a liberação do circuito de Albert Park, em Melbourne, para os primeiros treinos livres para o Grande Prêmio da Austrália, a Fórmula 1 deu início, na noite desta quinta-feira, à temporada mais longa da história da categoria. Até o fim de novembro, o calendário vai ter um recorde de 21 corridas, duas a mais que no ano passado, com os retornos dos GPs da Alemanha e da Europa, que será disputado no Azerbaijão. A corrida no autódromo australiano está marcado para as 2h de domingo.
A expectativa é sobre a real possibilidade de a Ferrari acabar com a hegemonia da Mercedes. Lewis Hamilton inicia a temporada com grandes chances de conquistar seu terceiro título consecutivo e o quarto da carreira. O piloto britânico, porém, acredita que a escuderia italiana está em crescimento e pode ter "escondido o jogo", não mostrando todo o seu potencial durante a pré-temporada.
"Acho que, neste ano, todo o pelotão parece estar um pouco mais perto, mas, pessoalmente, acho que eles têm algo na manga neste fim de semana", disse Hamilton, que tem como companheiro de equipe o alemão Nico Rosberg.
A ameaça à soberania da Mercedes é o alemão Sebastian Vettel, que emplacou quatro títulos entre 2010 e 2013, pela Red Bull. A estrela da Ferrari faz parceria com o finlandês Kimi Raikkonen, responsável pelo último título da equipe, em 2007. Correndo por fora vem Fernando Alonso, campeão pela Renault em 2005 e 2006 e que decidiu trocar a Ferrari pela McLaren.
Entre os brasileiros, Felipe Nasr sabe que não poderá sonhar com altos voos. Com limitações orçamentárias, a Sauber foi uma das equipes que menos investiram para a temporada. Já a Williams, do veterano Felipe Massa, tenta emplacar como terceira força da F-1, como ocorreu nos dois últimos anos.
A novata norte-americana Hass pode se beneficiar da principal novidade nos GPs, assim com a francesa Renault, que volta à categoria. O treino classificatório ganhou um formato capaz de deixar a disputa por posições imprevisível. "Deve criar mais variação nas colocações e deixar os fãs mais empolgados", disse o diretor técnico da Mercedes, Paddy Lowe.
As sessões classificatórias continuam divididas em eliminatórias, Q1, Q2 e Q3. A diferença é que, no primeiro trecho de cada etapa, o piloto mais lento vai sair da disputa. Já na segunda parte, a cada 1min30s, o competidor de pior tempo estará fora. Esse processo vai permitir que somente dois continuem na pista para decidir a pole position até os instantes finais.
 

Novidades nos treinos prometem tornar disputa por posições mais imprevisível

O longo campeonato se contrapõe ao desafio de uma pré-temporada curta. As equipes não tiveram 12 dias de testes de inverno em Barcelona, como no ano passado, mas oito.
Mesmo estreante, a novata norte-americana Hass, assim com a francesa Renault, que volta à categoria, pode se beneficiar da principal novidade nos GPs. O treino classificatório tem um novo formato, capaz de deixar a disputa por posições mais imprevisível. "Deve criar mais variação nas colocações e deixar os fãs mais empolgados", disse o diretor-técnico da Mercedes, Paddy Lowe.
As sessões classificatórias continuam divididas em eliminatórias, Q1, Q2 e Q3. A diferença é que no primeiro trecho de cada etapa o piloto mais lento vai sair da disputa. Já na segunda parte, a cada 1min30s, o competidor de pior tempo estará fora. Esse processo vai permitir que somente dois continuem na pista para decidir a pole position até os instantes finais.
A estratégia para as provas terá mudanças principalmente pelas novidades nos pneus. A Pirelli, fornecedora da categoria, vai separar para cada corrida três tipos de compostos, e não dois, como em 2015. Os pilotos têm ainda uma quinta opção de composto. O ultramacio tem excelente pico de desempenho, mas uma vida útil menor. Esse tipo deve ser usado mais em pistas de rua e em um circuito como Mônaco, por exemplo, deve durar no máximo por 15 voltas.