Cisne Branco está com 80% da estrutura fora da água

Embarcação foi desvirada, mas trabalho de reflutuação prossegue

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Balsas da empresa Grega Shipping estão sendo utilizadas no resgate
Após dez dias de trabalho para resgatar o Cisne Branco, finalmente a embarcação foi desvirada e está com 80% da estrutura aparente. Esta é a primeira etapa da operação de reflutuação do barco, que teve início um dia depois do forte temporal que atingiu a Capital na noite de 29 de janeiro.
Com os fortes ventos, que chegaram a 120 km/h, a embarcação turística virou de lado, ficando submersa. O serviço está sendo feito com o auxílio de duas balsas da empresa Grega Shipping, contratada pelos proprietários do barco.
O próximo passo será a retirada de toda a água de dentro da embarcação. Somente após esta etapa, será possível estimar os prejuízos. Ontem pela manhã, os trabalhos foram suspensos por uma hora devido ao mau tempo. O barco, que opera desde 1978, tem 40 metros de comprimento, sete de largura e 15 de altura, e capacidade para 200 passageiros.
A primeira estratégia utilizada para desvirá-lo, de lastrar a balsa preenchendo os tanques com 2,5 milhões de litros de água, não deu certo. "Verificamos que toda a chapa de sua estrutura não resistiria à tração dos cabos de aço vindos da balsa", explica Priscila Barichello Piterman, diretora da empresa responsável pelo procedimento.
Para solucionar o entrave, dez bombas de 75 mil litros de água por hora foram usadas para retirar a água dos tanques e assim renivelar a balsa, reposicionando o barco. "A estrutura do Cisne Branco não colaborou em função da espessura das chapas, e este plano precisou ser complementado com outra balsa", conta a diretora. Com o apoio dos dois rebocadores, o processo seguiu com o arranjo dos lastros dos tanques de água, em uma velocidade extremamente lenta, até que o Cisne Branco retornasse à posição correta.

Chance de temporais isolados no Rio Grande do Sul continua até a próxima semana

O avanço de uma frente fria trouxe instabilidade para a maior parte do Rio Grande do Sul nesta terça-feira de Carnaval. De acordo com a MetSul Meteorologia, a chuva foi irregular, com volumes altos em algumas localidades e escassos em outros.
No meio da manhã, uma nuvem espessa avançou sobre Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana. As rajadas de vento atingiram 60 km/h na zona Norte da Capital e houve cortes isolados de luz, como o que fez o Hospital Vila Nova operar com gerador. A chuva foi forte e de curta duração em alguns bairros, somando 10 mm em meia hora na Tristeza. No Interior, a precipitação foi mais expressiva, como em Alegrete, que teve acúmulo de 40 mm.
No restante da semana, o sol aparece com nuvens, e o calor continua, mas seguem ocorrendo pancadas isoladas da tarde para a noite na Metade Norte do Estado. O calor se intensifica no final da semana, trazendo temporais para um maior número de cidades.