Foi notícia nos veículos de imprensa do Rio Grande do Sul, na semana passada, a chegada da Uber a Porto Alegre. Quinta cidade do País a contar com o serviço de contratação de carros, a alternativa é polêmica, pois concorre com os táxis. Nesta entrevista, Guilherme Telles, gerente-geral no Brasil, explica como funciona para quem quer virar um motorista. Através do site www.parceirospoa.com, é possível preencher o formulário.

Entre as especificações de carros aceitos na categoria uberX, atualmente em operação na Capital, estão: ano do modelo a partir de 2008, quatro portas, ar-condicionado, qualquer cor (menos branca e laranja) e não são aceitas caminhonetes. Há cerca de 7 mil motoristas cadastrados no Brasil. A meta é chegar a 30 mil até 2016. A Uber fica com 25% do valor da viagem.

Guilherme Telles - Grande parte dos nossos motoristas parceiros estão utilizando a Uber não só como uma forma de trabalho integral, mas para complementar uma renda já existente. Ou seja, muitos deles têm algum outro tipo de atividade e fazem isso no tempo livre para trazer um dinheiro incremental. Seja para pagar o estudo, reformar a casa ou para qualquer outro tipo de coisa.

Telles - O motorista parceiro da Uber não tem exclusividade. Ele pode ficar on-line na plataforma quando quiser, se ele quiser, o tempo todo. Então, se num mês ele quiser trabalhar todos os dias, oito horas por dia, não tem problema. Se no próximo mês ele quiser ficar off-line o tempo todo, também não tem problema. Ele não tem metas. No fundo, não é um trabalhador com vínculo empregatício. É um parceiro da plataforma.

Telles - A Uber tem um compromisso muito forte com seus parceiros, e a gente vai honrar isso até o final. Isso envolve garantir que ele tenha as melhores condições para exercer o seu trabalho, mas também todo o suporte jurídico e todo o apoio em problemas de segurança - para que o tempo todo se sinta suportado. Eu tenho dois clientes principais: um deles é o usuário e o outro é o motorista. O motorista é tão ou mais importante que o passageiro.