Ministério da Justiça investiga Oi, Claro, TIM e Vivo

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DESCRIÇÃO: (FILES) THIS SEPTEMBER 27, 2001 FILE PHOTO SHOWS A BLACKBERRY SHOWING AT&T SERVICE AVAILABLE ON A SUBWAY PLATFORM IN NEW YORK. THE MAKER OF THE BLACKBERRY SMARTPHONE CONFIRMED ON OCTOBER 10, 2011 THAT AN OUTAGE HAD HIT SOME OF ITS SERVICES IN EUROPE, THE MIDDLE EAST AND AFRICA. CANADA-BASED RESEARCH IN MOTION SAID IT WAS INVESTIGATING THE DISRUPTION THAT HAS LED TO MANY USER REPORTS OF NOT BEING ABLE TO RECEIVE OR SEND EMAIL, OR USE INSTANT MESSAGING, OR BEING ABLE TO BROWSE THE INTERNET. AFP PHOTO/STAN HONDA
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça, instaurou processos administrativos contra as operadoras de telefonia Claro, Oi Telefônica, TIM Brasil Serviços e Participações e Telefônica Vivo Brasil para investigar supostas infrações ao Código de Defesa do Consumidor.
Os processos foram abertos pela forma como as operadoras adotaram mudanças no modelo de serviços de acesso à internet móvel, na medida em que deixaram de reduzir a velocidade do acesso à internet, passando a interrompê-lo mediante o esgotamento da franquia. O órgão verificou possíveis indícios de violações às normas de defesa do consumidor, como falha no dever de informação, descumprimento de oferta e ofensa à publicidade realizada ao longo dos anos. As operadoras têm o prazo de 10 dias para apresentarem defesa e, se condenadas, podem ser multadas em valores superiores a R$ 8 milhões. As empresas ainda serão notificadas.
"Não estamos questionando o fato de as empresas estarem bloqueando o serviço de internet via celular, esse é um serviço privado. O que questionamos é se houve a comunicação adequada ao consumidor dessa mudança, visto que já havia um modo de uso consolidado, em planos ditos ilimitados. A oferta tem que atender à expectativa de uso do consumidor, e as nossas investigações preliminares da abertura dos processos indicam que não houve informação ostensiva e clara suficiente", explica Lorena Tamanini Tavares, diretora substituta do DPDC. Lorena ressalta que, desde 2003, a Senacon vem trabalhando para o aumento de transparência nas informações ao consumidor dos serviços de telecomunicações, complexos e essenciais nos dias atuais. Para a diretora substituta do DPDC, na situação atual, a sensação do consumidor é que paga pelo mesmo serviço e recebe menos.

TV paga tem mostrado crescimento fraco e precisa mudar, afirma Anatel

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou que os serviços de televisão por assinatura têm mostrado um crescimento mais fraco que o "necessário" por conta da deterioração do poder de compra dos brasileiros e de mudanças de tendências de consumo. "De um ano para cá, a TV por assinatura está engasgando um pouco", disse, durante apresentação no congresso da Futurecom.
Rezende explicou que a renda de muitos brasileiros tem se enfraquecido, ao mesmo tempo em que outros consumidores têm buscado vídeos sob demanda em vez da TV por assinatura.
Segundo ele, a abertura do setor demorou um pouco para acontecer, e agora há um "crescimento mais fraco que o necessário". "A TV por assinatura vai sofrer mudanças daqui para frente", acrescentou Rezende.
Entre outros segmentos de telecomunicações, o dirigente ressaltou que há uma demanda enfraquecida por telefonia fixa e que a população quer hoje banda larga. O usuário deseja banda larga e, muitas vezes, o serviço de voz é vendido junto com esse serviço, explicou. "O processo de mudança desses perfis é muito grande", disse.
João Rezende afirmou também que é preciso buscar novas receitas e que o Brasil está em atraso, por exemplo, em aplicativos. Entre os serviços que devem ganhar espaço, o dirigente citou as tecnologias M2M ou máquina a máquina, como os dispositivos de cobrança automática de pedágios.
"Poderemos ter uma mudança radical nos próximos 10 anos", disse ao ressaltar que já houve uma redução de tributos no
segmento.