Mídia espontânea do BB tem lucro de R$ 900 mi

Resultado é 18 vezes superior ao aportado em projetos culturais

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Maior parte do investimento cultural se dá por meio da Lei Rouanet
O Banco do Brasil consegue lucrar com mídia espontânea até 18 vezes o valor que investe nos patrocínios culturais. No ano passado, o maior banco do País aportou R$ 49,3 milhões em projetos de cultura. O retorno em reportagens que mostravam a marca do banco atrelada aos eventos chegou a R$ 900 milhões, segundo estimativa de uma consultoria contratada pelo banco.
Quase a totalidade desses investimentos foi feita via Lei Rouanet. Apenas R$ 300 mil não tiveram renúncia fiscal. O valor investido é próximo do que o banco gasta por ano para a manutenção das quatro unidades
do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em torno de R$ 50 milhões. O retorno com investimento em cultura é muito superior ao que o banco consegue com patrocínios esportivos. Nos aportes em modalidades esportivas, como o vôlei, o retorno é de duas vezes o investido. Em alguns casos, chega a três e meio, como no handebol.
O patrocínio é usado não apenas como exposição da marca, mas também como estratégia de negócio. "Temos colocado, cada vez mais, os centros culturais e eventos patrocinados como grandes diferenciais de relacionamento do banco com osclientes", explica Luís Aniceto, diretor de Estratégia de Marca do BB. "Não é tão simples executar com maestria. Se der qualquer problema, podemos perder boas
oportunidades de negócios", complementa.
O Banco do Brasil abriu edital de sessão de espaço dos quatro CCBBs, pelo qual é possível utilizar a estrutura física de uma das quatro unidades - Belo Horizonte, Brasília, Rio e São Paulo - para apresentação de projetos. Em 2014, as quatro unidades receberam 5,3 milhões de visitantes. Até agosto deste ano, o público já era de 3,5 milhões.
Ao mesmo tempo, também está aberto o edital para seleção de projetos que querem o patrocínio do banco em todo o País. Neste caso, as propostas selecionadas contam com o apoio financeiro do BB para execução dos projetos - não apenas de culturais, mas também ambientais, sociais, esportivos e de negócios. No ano passado, o BB recebeu 7.670 inscrições. Foram selecionadas 404 propostas, das quais 382 apresentadas. O banco investiu R$ 3 milhões nesses projetos. As inscrições para as duas seleções vão até 8 de novembro.

Playboy norte-americana muda posicionamento

A revista Playboy norte-americana vai deixar de publicar fotos de mulheres nuas em suas páginas a partir de março. No Brasil, o diretor de redação da publicação, Sérgio Xavier, afirma que ainda não houve comunicado aos parceiros e que até o momento não há nada decidido. "A Playboy tem a tradição de respeitar muito os mercados locais, deixar que cada país decida o que é melhor e como fazer", afirmou o executivo.
De acordo com ele, a questão do nu precisa ser pensada melhor. "A Playboy é mais do que uma revista de nu. Ela discute o comportamento masculino. Fala de moda, bebidas, viagens e tem nas entrevistas longas e profundas uma marca importante. Sempre discutiu direitos civis, racismo, liberdade. Isso não mudou nem mudará", ressalta.
Nos EUA, a circulação da revista caiu de 5,6 milhões de exemplares em 1975 para cerca de 800 mil agora, de acordo com a Aliança de Mídia Auditada. Ainda que números detalhados sobre publicações adultas não estejam disponíveis, muitas das que restaram persistem em forma diminuída, e são vendidas apenas em lojas especializadas. Os editores anteciparam a capa da edição do mês de novembro, que ainda não chegou às bancas.