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IMIGRAÇÃO Notícia da edição impressa de 28/09/2015. Alterada em 27/09 às 20h55min

Crise migratória: embarques para a vida e para a morte

ARTE JULIANO BRUNI/JC
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Juliano Tatsch

Passados mais de 20 anos do fim da Guerra dos Bálcãs, a Europa volta a enfrentar uma grave crise envolvendo refugiados. Naquela ocasião, a última grande onda de migração no continente, um número superior a 1 milhão de pessoas deixou regiões conflituosas da antiga Iugoslávia fugindo dos ataques promovidos pelo líder genocida sérvio Slobodan Milosevic. Atualmente, as guerras não ocorrem em território europeu, mas é para lá que, até o momento, quase 500 mil pessoas se dirigiram apenas em 2015 em busca não de um futuro melhor, mas sim movidos pelo instinto de sobrevivência.

Do que fogem

Síria - O país passa por uma violenta guerra civil, que coloca, de um lado, as forças do governo do presidente Bashar al-Assad; e de outro, grupos insurgentes armados que querem tirar o governante do poder. O conflito já deixou mais de 250 mil mortos. Para piorar o quadro, o grupo jihadista de origem sunita Estado Islâmico avança suas frentes e espalha o terror pelo país e região.

Afeganistão - Em uma nação que esteve quase que permanentemente em conflito nos últimos 35 anos, as perseguições, violações dos direitos humanos, o sectarismo religioso e as ações militares de outros países tornam a vida em uma luta diária pela sobrevivência.

Eritreia - Os refugiados do país africano tentam escapar, principalmente, da forte repressão política e da pobreza extrema.

Nigéria - Fugir das cruéis mãos do grupo terrorista Boko Haram é um dos principais objetivos. Desde 2009, início das ações da milícia, mais de 2,1 milhões de pessoas se deslocaram, internamente e para outros países, para escapar dos extremistas.

Iraque - A invasão dos EUA em 2003, com a derrubada de Saddam Hussein do poder, criou um vácuo de liderança. Insatisfeitos com o governo xiita, e sem obterem respostas às suas reivindicações, os sunitas engrossaram as frentes do Estado Islâmico, colocando mais combustível na instabilidade do país.

Paquistão - A nação, que, nos últimos anos, vinha recebendo refugiados afegãos, agora é origem de pessoas que tentam escapar do terror promovido pela Al Qaeda, pelo Taliban e pelas forças do governo que atuam no Norte e buscam combater extremistas, gerando forte conflito.

Somália, Sudão, Gâmbia e Bangladesh - Conflitos étnicos, surtos de doenças, violações dos direitos humanos, perseguições políticas e disputas pela terra são as principais causas da imigração em massa desses países.

O que está sendo feito

União Europeia - O bloco propôs a distribuição entre os países membros de 120 mil pessoas. Além disso, o grupo irá disponibilizar a quantia de ¤ 1 bilhão para ajudar os refugiados e incrementará o auxílio a Líbano, Jordânia e Turquia, que absorvem grandes contingentes de migrantes.

ONU - A Agência da Nações Unidas para Refugiados (Acnur) propôs medidas para que a Europa resolva a situação: criação de instalações na Grécia e expansão das existentes na Itália; realocações; o retorno humanizado de quem que não necessita de proteção internacional; estabilização da situação dos países vizinhos; entre outras iniciativas.

O que está em jogo

A crise testa a Europa em meio à instabilidade econômica que atinge o continente. O desafio maior reside em realocar os chegados e inseri-los no mercado de trabalho em um momento em que o desaquecimento de setores importantes da economia local faz a zona do euro balançar. Outro ponto que merecerá atenção diz respeito ao crescimento de organizações neonazistas e grupos nacionalistas de extrema-direita que têm a xenofobia como bandeira. Uma maior presença europeia nas nações de origem dos refugiados, seja com auxílio humanitário e repasses de recursos financeiros, seja com presença militar para dar fim a conflitos armados ou com articulação política para viabilizar a estabilização de democracias frágeis e ditaduras em ruínas, também entra em debate.
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