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Publicada em 17 de Abril de 2024 às 12:41

Simpósio em Porto Alegre discute avanços no tratamento de válvula por cateter

Evento terá a transmissão ao vivo de sete casos que utilizam a IVT realizados em diferentes países

Evento terá a transmissão ao vivo de sete casos que utilizam a IVT realizados em diferentes países

Divulgação/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
A 2ª edição do Simpósio TVI - Transcatheter Valve Intervention (Intervenção de Válvula Transcateter, IVT em português) se inicia nesta quarta-feira (17) em Porto Alegre, no Hotel Hilton, com a presença de especialistas nacionais e internacionais. Cerca de 400 profissionais participarão do evento até a sexta-feira (19), entre brasileiros e estrangeiros, que assistirão às palestras, acompanharão a realização de sete cirurgias online feitas em cinco países e poderão exercitar o passo a passo do procedimento em simuladores 3 D.
A 2ª edição do Simpósio TVI - Transcatheter Valve Intervention (Intervenção de Válvula Transcateter, IVT em português) se inicia nesta quarta-feira (17) em Porto Alegre, no Hotel Hilton, com a presença de especialistas nacionais e internacionais. Cerca de 400 profissionais participarão do evento até a sexta-feira (19), entre brasileiros e estrangeiros, que assistirão às palestras, acompanharão a realização de sete cirurgias online feitas em cinco países e poderão exercitar o passo a passo do procedimento em simuladores 3 D.
A Intervenção de Válvula Transcateter, aplicada pela primeira vez em 2002 e adotada a partir de 2009 ao redor do mundo, trouxe importantes ganhos para os pacientes. Ao contrário da cirurgia convencional, a IVT não necessita de corte no peito da pessoa nem que o coração seja parado. Ela é feita com uma punção na virilha para introdução do cateter, na artéria femoral, que possibilita navegar por dentro do sistema arterial e chegar até a válvula doente, fazendo a substituição por outra.
O procedimento é feito com anestesia local, então aqueles pacientes mais idosos ou que têm algumas doenças associadas são os que mais se beneficiam. É uma técnica chamada minimamente invasiva e com ela temos uma cirurgia bem mais simples”, descreve o cirurgião cardiovascular Eduardo Keller Saadi, que é médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e coordenador do Simpósio TVI.
O pós-operatório é melhor, com a recuperação mais rápida do paciente, que fica de um a dois dias no hospital e pode retomar suas atividades habituais em poucos dias. O risco de complicações é menor do que na cirurgia convencional. Saadi explica que isso não significa que a cirurgia convencional não seja mais feita, o que é avaliado de acordo com cada caso.
Por enquanto, a IVT não é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, foi relançada a portaria que regulamenta a intervenção transcateter da válvula aórtica pelo SUS. Para que isso seja viabilizado, é preciso ajustar os valores pagos pelo SUS para o hospital, honorários médicos e material utilizado, o que deve ocorrer nos próximos meses.
Um convênio com a Secretaria Estadual da Saúde (SES) permite que o Hospital de Clínicas de Porto Alegre seja a única instituição no Estado a realizar a IVT atualmente, com cerca de 20 a 30 casos atendidos por ano. “Com a implementação dessa portaria e quando os valores forem ajustados, esperamos poder aumentar esse volume e oferecer para bem mais pacientes do SUS esse tipo de tratamento”, projeta o cirurgião.
O grande diferencial do Simpósio TVI, avalia Saadi, é a transmissão de sete casos que vão empregar o procedimento de implantes de válvula por cateter para correção de doenças. A técnica será realizada em países como Itália, França, Estados Unidos e Chile. Na edição do ano passado, foram realizadas cinco transmissões ao vivo da técnica. O evento possibilita que os profissionais da área - cardiologistas clínicos, cardiologistas intervencionistas, cirurgiões cardiovasculares, ecocardiografistas, especialistas em angiotomografia e ressonância e outros - discutam os recentes avanços e se atualizem sobre o tema, que tem evoluído muito rapidamente.

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