O ex-jogador e apresentador contou sua trajetória no esporte e na comunicação durante a Gramado Summit

'Entendi a importância do bom líder e tive bons exemplos na seleção brasileira', diz Denilson


O ex-jogador e apresentador contou sua trajetória no esporte e na comunicação durante a Gramado Summit

Somando mais de 16 milhões de seguidores nas redes sociais, o ex-jogador Denilson Show orgulha-se da transição dos gramados para a comunicação. Apresentador do Jogo Aberto, na Band, ele conta que, hoje, muitas pessoas mais jovens o conhecem mais como comunicador que como jogador. Durante a Gramado Summit, em painel mediado pelo jornalista Marco Aurélio Souza, ele contou highlights de sua carreira dentro e fora de campo. 
Somando mais de 16 milhões de seguidores nas redes sociais, o ex-jogador Denilson Show orgulha-se da transição dos gramados para a comunicação. Apresentador do Jogo Aberto, na Band, ele conta que, hoje, muitas pessoas mais jovens o conhecem mais como comunicador que como jogador. Durante a Gramado Summit, em painel mediado pelo jornalista Marco Aurélio Souza, ele contou highlights de sua carreira dentro e fora de campo. 
Hoje com 46 anos, Denilson parou de jogar com 31 após uma lesão. A aposentadoria precoce, como define, foi combustível para a entrada da comunicação em sua vida. "É algo que nem imaginava. A ideia era fazer um curso de gestão na Espanha e trabalhar no Real Betis, que foi um time que joguei por muitos anos. De repente, entra a comunicação. Quando percebi que era legal fazer o que eu faço hoje, passei a me dedicar, estudar, entender o que é a comunicação", conta. Foi a partir dessa experiência também que compreendeu ainda mais a importância de uma boa gestão. "Depois que parei de jogar e migrei para a área da comunicação, fui entendendo a importância de ter um bom líder dentro de um trabalho coletivo e tive bons exemplos dentro da seleção brasileira", afirma. 
Denilson participou da Copa do Mundo de 1998, quando era o jogador mais jovem do grupo, e em 2002, quando a seleção conquistou o pentacampeonato. A experiência deixou lições, como conta. "O Ronaldinho Gaúcho foi expulso contra da Inglaterra, e eu achei que seria o titular justamente por ter entrado em todos os jogos antes. Só que a Copa do Mundo é um tiro muito curto, não tem muito tempo para se preparar. No dia seguinte, os que não jogaram foram para o campo treinar, e já percebi que eu não seria o titular. Na hora já me fechei. Para quem me acompanha, sempre fui um cara muito sorridente, mas, ao mesmo tempo, quando alguma coisa me incomoda, as pessoas percebem rápido e foi dessa forma que o Felipão percebeu", lembra sobre a reação do técnico, que foi até o quarto do jogador. "É aí que entra o papel do líder, do cara que sabe que algo pode atrapalhar todo um ambiente positivo. Ele me disse ‘você não vai jogar, porque esse jogo não é para você. Só que é muito importante para mim que você saia desse quarto sendo o Denilson que eu convoquei. Se você ficar assim, vou perder o elenco, porque você é um cara muito querido’. Quando ele saiu do quarto, me senti muito importante naquele projeto. Em algum momento eu me desvalorizei, porque não ia jogar, e ele fez me sentir importante dentro do elenco", reflete sobre o papel do líder. 
Hoje atuando como comunicador do esporte, Denilson avalia as mudanças de público. "Parei de jogar futebol em 2010, estávamos na fase do Orkut. Maior parte das pessoas que me seguem nas redes sociais, principalmente dessa geração mais jovem, me conhece da comunicação. Tento ser o que sou nas minhas redes e também no Grupo Bandeirantes o que eu sou no meu dia a dia", afirma, avaliando sua trajetória. "Tenho orgulho muito grande do que construí como atleta, do que sou hoje como pessoa, porque a porta é muito estreita. São milhões de adolescentes, de crianças, que têm o sonho de ser atleta. Consegui me tornar um atleta profissional, joguei duas Copas do Mundo, duas finais. Tenho muito orgulho do que eu conquistei.