Porto Alegre,

Publicada em 19 de Agosto de 2025 às 18:23

Descarte de seringas e agulhas gera preocupação em Erechim

Recicladores da cidade reclamam que itens têm sido descartados no lixo seletivo

Recicladores da cidade reclamam que itens têm sido descartados no lixo seletivo

PREFEITURA DE ERECHIM/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
O descarte inadequado de seringas, agulhas e outros materiais perfurocortantes junto ao lixo seco tem se tornado uma ameaça à saúde de garis e trabalhadores das centrais de triagem em Erechim. Esses resíduos, que deveriam ter destinação correta, acabam misturados a plásticos, papéis e latas, expondo quem lida diretamente com o lixo a cortes, perfurações e até infecções graves.
O descarte inadequado de seringas, agulhas e outros materiais perfurocortantes junto ao lixo seco tem se tornado uma ameaça à saúde de garis e trabalhadores das centrais de triagem em Erechim. Esses resíduos, que deveriam ter destinação correta, acabam misturados a plásticos, papéis e latas, expondo quem lida diretamente com o lixo a cortes, perfurações e até infecções graves.
Especialistas em saúde pública alertam que objetos como agulhas, seringas, lâminas e ampolas de vidro podem transmitir doenças como hepatite B, hepatite C, tétano e HIV, caso entrem em contato com ferimentos na pele. O risco aumenta ainda mais quando esses materiais não estão embalados ou identificados como perigosos.
Além dos resíduos gerados em residências, também há registros de descarte incorreto de materiais vindos de clínicas, consultórios odontológicos, salões de beleza e estúdios de tatuagem. Quando não seguem as normas de coleta e transporte de resíduos, esses estabelecimentos contribuem para que itens perfurantes e/ou cortantes cheguem ao lixo comum ou reciclável, aumentando a exposição de trabalhadores.
Recicladores relatam que não é raro encontrar seringas misturadas a garrafas PET e outros materiais. Integrantes da Associação de Recicladores Cidadãos Amigos da Natureza de Erechim (Arcan) relatam que, ao colocar a mão em locais com resíduos, não sabem o que vão encontrar.
De acordo com a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), resíduos de serviços de saúde — incluindo agulhas e seringas — devem ser separados, acondicionados e descartados em locais específicos, como postos de saúde, farmácias e unidades de coleta autorizadas. Os materiais perfurocortantes precisam ser armazenados em caixas coletoras rígidas, conhecidas como Descarpack, jamais em sacolas plásticas junto ao lixo comum ou reciclável. Já clínicas e espaços profissionais devem contratar empresas licenciadas para coleta e destinação final de resíduos de saúde.

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