Porto Alegre,

Publicada em 07 de Julho de 2025 às 00:30

Comércio ilegal faturou R$ 3,2 bilhões no Vale do Rio Pardo

Levantamento foi feito pela Fecomércio e listou prejuízos em oito municípios da região no ano passado

Levantamento foi feito pela Fecomércio e listou prejuízos em oito municípios da região no ano passado

/NASCIMENTO MKT/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
Um estudo conduzido pela assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) revela que juntos, nos municípios de Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz, o gasto com o comércio informal alcançou a marca dos R$ 3,2 bilhões no último ano. Os municípios listados fazem parte da base operacional do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP) e refletem a realidade compartilhada em todo o país.
Um estudo conduzido pela assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) revela que juntos, nos municípios de Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz, o gasto com o comércio informal alcançou a marca dos R$ 3,2 bilhões no último ano. Os municípios listados fazem parte da base operacional do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP) e refletem a realidade compartilhada em todo o país.
Estima-se que a chamada "Economia Subterrânea", termo utilizado para classificar o comércio informal de bens e serviços, alcance, anualmente, 17,8% do Produto Interno Bruno (PIB) nacional. Mobilizadas, entidades contam com a parceria do consumidor para promoção do consumo legal e consciente.
Os dados apurados pela área econômica da Fecomércio-RS levam em consideração estudos nacionais, realizados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial. Usado como parâmetro para formatação da estimativa local, o índice releva que o varejo e os prestadores de serviço deixaram de faturar cerca de R$ 3,2 bilhões, apenas no último ano, em decorrência da economia subterrânea.
A executiva do Sindilojas, Gicele de Arruda, ressalta que a informalidade gerada nas transações da chamada economia subterrânea prejudica o desempenho do varejo, pois compete, de maneira desleal com as lojas físicas e o varejo tradicional, que funciona mediante o pagamento de impostos e a regularidade das operações. "Além disso, a aquisição de produtos sem procedência verificada, como itens comercializados de maneira informal é um risco ao consumidor. Muitos destes produtos têm origem duvidosa, fruto de falsificação e até mesmo de crimes de descaminho e contrabando", ressalta Gicele.
Conforme o presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, os dados disponibilizados pela Fecomércio-RS exibem um problema social e fiscal sérios. Segundo ele, se por um lado a compra e venda de produtos de maneira irregular prejudica o consumidor, do outro, tira das lojas físicas e regularizadas o consumidor. "Este é um prejuízo pago por toda a sociedade, pois além do empresário que sente a queda nas vendas e não consegue investir, ou até mesmo gerar mais oportunidades de trabalho, a população sofre também, pois são valores que não ingressam nos cofres públicos, na forma de impostos", alerta Spode.

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