Porto Alegre,

Publicada em 04 de Julho de 2025 às 00:30

Presença de mosquito em lavouras é tema de reunião no Litoral Norte

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Jornal Cidades
A crescente presença do mosquito maruim — conhecido como mosquito-pólvora — tem mobilizado produtores, autoridades e técnicos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Nesta semana, representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação participaram de uma reunião com lideranças de nove municípios da região, realizada na Câmara de Vereadores de Dom Pedro de Alcântara. O objetivo foi discutir os impactos causados pelo inseto, que tem afetado a agricultura, o turismo e a qualidade de vida da população rural.
A crescente presença do mosquito maruim — conhecido como mosquito-pólvora — tem mobilizado produtores, autoridades e técnicos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Nesta semana, representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação participaram de uma reunião com lideranças de nove municípios da região, realizada na Câmara de Vereadores de Dom Pedro de Alcântara. O objetivo foi discutir os impactos causados pelo inseto, que tem afetado a agricultura, o turismo e a qualidade de vida da população rural.
De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da pasta, o maruim tem provocado intenso desconforto, especialmente em áreas rurais, devido às picadas e às irritações na pele que causa. "O mosquito tem comprometido atividades laborais, principalmente na agricultura, e prejudicado o turismo ecológico, já que visitantes estão evitando áreas naturais por conta da infestação", destaca Felicetti.
O inseto é vetor do vírus Oropouche, causador da febre de mesmo nome. Embora ainda não haja registros de transmissão local no Rio Grande do Sul, os serviços públicos estaduais atuam para prevenir e evitar que casos da doença venham a ocorrer no Estado.
Segundo Felicetti, os municípios mais afetados — entre Mampituba e Maquiné — apresentam condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito, como presença de matéria orgânica em decomposição, ambientes alcalinos e umidade. "Essas condições podem ser melhoradas em áreas de cultivo de banana, por exemplo, onde o descarte de pseudocaules e o uso de fertilizantes orgânicos contribuem para o aumento da população do inseto", explicou o engenheiro agrônomo.
Apesar da redução temporária da infestação devido às baixas temperaturas, a Secretaria pretende aproveitar esse período para intensificar e realizar ações de prevenção. Está em elaboração uma campanha de conscientização voltada à população rural, com foco no manejo adequado de resíduos, dejetos e adubação. Uma nota técnica com orientações será publicada em breve com o apoio de outras secretarias estaduais.
A secretaria também trabalha no levantamento de recursos disponíveis para ações emergenciais e no mapeamento das áreas mais atingidas, visando implementar medidas mais eficazes de controle, como o manejo de matéria orgânica fresca e resíduos da bananicultura. "Ainda não existe um controle efetivo estabelecido para o maruim. Por isso, estamos planejando ações de pesquisa aplicada para identificar os métodos mais eficientes de manejo, considerando as especificidades da região", concluiu Felicetti.

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