Porto Alegre,

Publicada em 02 de Junho de 2025 às 18:23

Fórum de desenvolvimento do RS inicia por Rio Grande

Encontro reuniu lideranças no auditório da Receita Federal local para tratar sobre temas estratégicos

Encontro reuniu lideranças no auditório da Receita Federal local para tratar sobre temas estratégicos

PREFEITURA DE RIO GRANDE/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
O primeiro seminário do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) no interior do RS ocorreu nesta segunda-feira, (2), em Rio Grande. O encontro reuniu especialistas, lideranças empresariais, políticas e populares no auditório da Receita Federal de Rio Grande para debater o tema Pacto RS 25: o crescimento sustentável é agora.
O primeiro seminário do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) no interior do RS ocorreu nesta segunda-feira, (2), em Rio Grande. O encontro reuniu especialistas, lideranças empresariais, políticas e populares no auditório da Receita Federal de Rio Grande para debater o tema Pacto RS 25: o crescimento sustentável é agora.
O evento começou com a abertura cultural do grupo Nosso Choro e mesa oficial no primeiro momento. Na sequência, painéis temáticos foram mediados pelo jornalista Rodrigo Lopes. Pela tarde, ocorre a apresentação do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Corede da região e grupos de discussão recebem as sugestões da comunidade para a proposta de Carta Regional Sul de Desenvolvimento Sustentável.
O painel "Inovação, Cultura e Mudanças Climáticas" começou com o pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Fábio Garcia Lima, com o tema "Equidade e equilíbrio, o novo mundo que precisamos não é novo". Ele lembrou a importância da ancestralidade para a construção de projetos futuros com equidade, equilíbrio e desenvolvimento do território, respeitando as características de cada região. Conforme Lima, as universidades públicas devem contribuir com os conhecimentos que produz, mas ainda precisam dialogar melhor com as comunidades. "A extensão universitária precisa ter participação popular e economia solidária. E vocação da Zona Sul é a agricultura familiar, tipo de produção que aumenta a diversidade ambiental, e o ensino também necessita ser sustentável com acompanhamento constante", mencionou. 
Para o tema "As alterações climáticas e seus efeitos na região sul do RS", o gerente regional da Emater Pelotas, Ronaldo Maciel, lembrou sobre a frequência na perda de safras e a constante falta de água para consumo nas zonas rurais. Ressaltou ainda os efeitos dos fenômenos El Niño e La Niña, que ocasionam, periodicamente, estiagens e enchentes, o que afeta fortemente a economia da região. Já o assunto da pró-reitora de Extensão e Cultura da Furg, Débora Medeiros do Amaral, foi "O impacto das mudanças climáticas nas comunidades e as contribuições da universidade para desenvolvimento sustentável".
No painel Inovação, o chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Jr, abordou o programa Recupera RS, mencionando a falta de estrutura para pesquisas, especialmente, nas áreas de agropecuária, fundamental para a economia do estado. Destacou ainda que as enchentes de 2024, afetaram a relação de pertencimento das famílias desalojadas de suas casas, questão social cujos efeitos irão perdurar por décadas. O modelo de produção e de manejo do solo, segundo ele, necessita ser repensado.
Oportunidades no campo a partir da jornada de descarbonização da Refinaria Riograndense foi a abordagem do gerente de novos negócios da Refinaria de Petróleo Riograndense, João Luís Sombreiro Bulla, que lembrou o pioneirismo da instituição na produção nacional de combustível. Ele também antecipou o objetivo de se tornar a primeira biorefinaria do Brasil. Mencionou a construção de uma planta para produção de combustíveis de aviação (querosene sustentável) ou diesel verde, dentro da planta industrial da refinaria, um dos maiores investimentos para o estado, com previsão para 2028.
 

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