Porto Alegre,

Publicada em 21 de Maio de 2025 às 18:10

O cão da UFSM que virou celebridade na internet

Com 10 anos de idade e 43 quilos, o vira-lata Silveira ganhou destaque através de vídeos nas redes sociais

Com 10 anos de idade e 43 quilos, o vira-lata Silveira ganhou destaque através de vídeos nas redes sociais

UFSM/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Compartilhe:
Jornal Cidades
Silveira não é apenas um cachorro. Ele é uma figura ilustre que há cerca de 10 anos vive entre os prédios e ruas do campus sede da Universidade de Santa Maria (UFSM). Recentemente, o cão ganhou projeção nacional com uma postagem sobre ele na redes sociais, que alcançou milhares de visualizações, compartilhamentos, rendeu memes e homenagens. 
Silveira não é apenas um cachorro. Ele é uma figura ilustre que há cerca de 10 anos vive entre os prédios e ruas do campus sede da Universidade de Santa Maria (UFSM). Recentemente, o cão ganhou projeção nacional com uma postagem sobre ele na redes sociais, que alcançou milhares de visualizações, compartilhamentos, rendeu memes e homenagens. 
No Instagram, o carisma de Silveira também conquistou seguidores de todo o país e ampliou a visibilidade do trabalho dos voluntários que cuidam dos animais do campus. Segundo a professora Fabiana Stecca, coordenadora do Projeto Zelo, Silveira chegou ainda filhote ao campus e nunca mais saiu. "Ele apareceu menor, e desde então vive aqui. A gente estima que ele tenha cerca de 10 anos e já faz quase nove que ele está entre nós", conta.
Durante a pandemia, Silveira ficou instalado em sua casinha ao lado do antigo pronto-socorro do Hospital Universitário de Santa Maria. Com o retorno presencial, no entanto, ele voltou a circular pelos prédios e áreas de convivência, especialmente a região do Restaurante Universitário, onde conquistou uma nova cama comprada pelos voluntários.
Com cerca de 10 anos de idade e mais de 43 kg, Silveira apresenta hoje diversos problemas de saúde comuns a cães idosos e de vida livre: artrose, problemas de pele (já precisou retirar nódulos) e dificuldades digestivas. Já teve episódios de gastroenterite e atualmente segue uma alimentação regrada, à base de ração sênior ou de raças pequenas — não aceita grãos grandes e não pode comer comida de humanos. 
Silveira é atendido regularmente no Hospital Veterinário Universitário (HVU) e está passando por um check-up para avaliar se ainda pode seguir com a rotina de cão de vida livre. "A gente está usando esse momento de visibilidade para refletir: será que não é hora de ele se 'auposentar'? Ele precisa de um lar definitivo, seguro, com carinho e cuidados que a vida no campus não garante", reforça a coordenadora.
Atuando desde 2014, o Projeto Zelo enfrenta diariamente os desafios do abandono — o campus ainda é um ponto comum para o descarte irresponsável de cães e gatos. "Nós cuidamos de animais que não têm tutor. Se não fosse essa rede de voluntários, eles não teriam acesso a alimentação, tratamento, castração e atendimento veterinário", destaca Fabiana.
Para manter essa estrutura, o projeto conta com doações e com o apoio da comunidade. Além do brechó solidário localizado no Colégio Politécnico, na sala C9, o público também pode adquirir ecobags, adesivos e bottons com a identidade do projeto. Toda a renda é revertida aos cuidados com os animais.

Notícias relacionadas