Porto Alegre,

Publicada em 12 de Maio de 2025 às 18:11

Recuperação dos arquivos da UFSM pode levar até cinco anos

Mais de 12 mil caixas de documentos foram molhados na enchente

Mais de 12 mil caixas de documentos foram molhados na enchente

Paulo Barauna/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
No dia 30 de abril de 2024, o arquivo permanente da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ficou completamente submerso devido às enchentes que acometeram o Rio Grande do Sul. O lago, que fica ao lado do prédio da Reitoria, transbordou e, por meio de uma rampa, a água conseguiu acessar o subsolo, onde se encontrava o arquivo permanente da instituição. O arquivo continha 12 mil caixas de documentos históricos. O ocorrido precedeu o que viria a acontecer com mais de 100 arquivos e cerca de 238 mil caixas de documentos no estado.
No dia 30 de abril de 2024, o arquivo permanente da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ficou completamente submerso devido às enchentes que acometeram o Rio Grande do Sul. O lago, que fica ao lado do prédio da Reitoria, transbordou e, por meio de uma rampa, a água conseguiu acessar o subsolo, onde se encontrava o arquivo permanente da instituição. O arquivo continha 12 mil caixas de documentos históricos. O ocorrido precedeu o que viria a acontecer com mais de 100 arquivos e cerca de 238 mil caixas de documentos no estado.
Desde então, o trabalho de recuperação que está sendo feito ganhou reconhecimento do Arquivo Nacional e se tornou referência no Brasil. Foi assim que as ações do Departamento de Arquivo Geral (DAG) ganharam visibilidade no país. "Se tornar referência foi devido às pessoas e como agimos. Chocou muito a forma como foi feito. A gente agiu muito rápido e de forma correta. Eu digo assim, a gente seguiu os protocolos de resgate rapidamente e com muitos voluntários. As pessoas são muito conectadas e ajudam aqui na UFSM", diz a arquivista do DAG Daiane Regina Segabinazzi Pradebon.
Até o momento, cerca de 20 mil arquivos já foram digitalizados, o que totaliza mais de 100 mil páginas, por exemplo. "A gente também está fazendo a digitalização para a consulta, porque esse acervo foi contaminado, está frágil. Queremos que tenha menos acesso possível ao arquivo físico", explica a arquivista do DAG, quanto à estratégia de conservação dos acervos atingidos. Mas ela conta que o principal movimento de conservação é o controle do ambiente, da umidade e da temperatura no novo acondicionamento.
Daiane destaca que nenhum arquivo foi perdido, nem mesmo os que pareciam mais difíceis: "Todos estão sendo recuperados. Inclusive, os que ficaram meses em Porto Alegre, no mesmo lugar. O nosso a gente recuperou muito rápido, tirou da enchente muito rápido. Congelamos, então não está tão degradado", conta.
A previsão para o término do trabalho envolvendo o acervo institucional é de cinco anos. A arquivista explica que o tempo total cobre não só a parte de recuperação, e por isso essa quantia. "Tem a parte da reindexação do acervo, da organização do acervo. Então, imagina, 12 mil caixas levaram desde 1990, desde que existe o Departamento de Arquivo Geral, para serem organizadas. Não vai ser em cinco anos que a gente vai reorganizar essas 12 mil caixas", afirma.
 

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