O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), está mobilizado para auxiliar o município de Carazinho no enfrentamento da chikungunya, uma das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Na terça (6) e nesta quarta-feira (7), uma comitiva de técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs); dos Departamentos de Atenção Primária e Políticas de Saúde e de Gestão da Atenção Especializada e da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde realizou reuniões com a equipe no município e acompanhou o trabalho de campo da SES no combate ao mosquito em bairros com registros da doença.
Carazinho tem 209 casos e dois óbitos confirmados. Outras três mortes ainda estão em investigação. "Nosso objetivo é fortalecer orientações de vigilância em saúde e de manejo clínico da chikungunya, ouvindo o município, entendendo as particularidades e avaliando possibilidades e estratégias de enfrentamento", explicou a diretora Cevs, Tani Ranieri.
Entre outras ações do Estado, o Cevs também emprestou veículos ao município para a aplicação de inseticida contra o mosquito, forneceu testes rápidos para a dengue e possibilitou capacitação para manejo clínico às equipes locais.
A secretária municipal da Saúde, Carmen Beatriz dos Santos, destacou que Carazinho tem adotado várias estratégias de prevenção. Dentre elas, a instalação de ovitrampas, a aplicação de inseticidas, o reforço de orientações para as equipes da atenção básica e a utilização de drones para identificação de criadouros do mosquito onde há recusa de acesso para os agentes de combate a endemias.
Na manhã desta quarta-feira, a comitiva da SES foi recebida pelo prefeito de Carazinho, João Pedro de Albuquerque. Na reunião, o prefeito destacou que o Estado tem sido parceiro desde os primeiros casos de chikungunya. "O município isoladamente não teria condições de enfrentar o problema de uma maneira ágil e intensa, e a união da administração pública estadual e municipal é fundamental. Temos contado muito com o trabalho do governo estadual", afirmou.
Ao ressaltar que o Aedes Aegypti se prolifera muito rapidamente, Albuquerque salientou que seu controle exige um trabalho árduo da administração pública e da comunidade. "Estamos convocando as pessoas para ajudar nesse processo, limpando suas casas e seus terrenos, porque em pequenos espaços onde há armazenamento de água o mosquito se prolifera", lembrou.