A cidade de Novo Hamburgo irá iniciar um novo capítulo na preservação de sua história. O restauro do Monumento ao Imigrante, símbolo da imigração alemã e marco mais antigo da cidade, terá início este mês. O anúncio oficial ocorreu com a presença do vice-prefeito Gerson Haas e do secretário municipal de Cultura, Angelo Reinheimer, no local onde a estrutura de 23 metros de altura foi erguida há quase cem anos.
A obra é fruto do projeto da Associação de Moradores e Empreendedores de Hamburgo Velho (AME), viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio de empresas privadas. Nesta primeira etapa, serão investidos R$ 790 mil no restauro externo do monumento, com previsão de duração de 10 meses.
"O Monumento ao Imigrante é um marco da identidade hamburguense, e sua restauração é um resgate do nosso orgulho e da nossa memória", afirmou o vice-prefeito Gerson Haas.
Concebido em 1924 para celebrar o centenário da imigração alemã, o monumento foi inaugurado em 1927, ano da emancipação de Novo Hamburgo. Seu projeto arquitetônico é de autoria do alemão Ernest Karl Ludwig Seubert. O local foi escolhido por ser, segundo registros, o primeiro lote colonizado por imigrantes na cidade.
O arquiteto Jorge Stocker Júnior lidera o projeto de conservação e restauração arquitetônica, garantindo a preservação do patrimônio histórico. A execução da obra ficará a cargo da empresa Insito, Arquitetura e Restauro, sob a responsabilidade técnica de Ingrid Arandt. Além disso, a Conservadora Restauradora Flávia Duque-Estrada será responsável pelo restauro dos ornatos da fachada e das placas de mármore, assegurando a recuperação dos detalhes ornamentais do edifício.
Como a primeira fase contempla apenas parte da restauração do Monumento ao Imigrante em Novo Hamburgo, uma nova proposta será apresentada para captar os recursos restantes por meio da Lei Rouanet, na esfera federal. O projeto conta ainda com o apoio da Sociedade Aliança e da Secretaria Municipal de Cultura (Secult).