Diante da falta de pagamento e da ausência de qualquer resposta concreta por parte da administração do Hospital Montenegro Regional, os médicos que atuam como Pessoa Jurídica (PJ) decidiram, em assembleia, suspender os atendimentos eletivos, as consultas de fichas verdes e azuis e a admissão de novos pacientes a partir da meia-noite de quarta-feira (12). A paralisação é por tempo indeterminado.
A paralisação atinge todas as especialidades e irá impactar não apenas a população de Montenegro, mas também diversos municípios da região do Vale do Caí, como São Sebastião do Caí, Brochier e Triunfo. Pacientes que precisarem de atendimento eletivo deverão procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, enquanto apenas casos de urgência e emergência (fichas amarelas e vermelhas) seguirão sendo atendidas no hospital. Para outras situações, a referência hospitalar do hospital são o Hospital São Camilo, em Esteio, e o Universitário, em Canoas.
A decisão ocorre após quatro meses sem pagamento, período no qual os médicos seguiram atendendo, apesar da falta de remuneração e das dificuldades enfrentadas. Em fevereiro, a categoria já havia alertado que a paralisação seria inevitável caso a dívida não fosse quitada, o que não ocorreu.
Em nota, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) reitera que segue aberto ao diálogo, mas cobra uma solução imediata e definitiva para a regularização dos honorários. Os serviços de obstetrícia, anestesiologia, traumatologia, cirurgia torácica, neurocirurgia, pediatria e pronto-atendimento clínico foram afetados.