Porto Alegre,

Publicada em 05 de Fevereiro de 2025 às 18:27

Gramado e Canela sofrem com problemas no fornecimento de água

Corsan/Aegea afirma que está fazendo investimentos, mas vê a falta de energia elétrica como problema

Corsan/Aegea afirma que está fazendo investimentos, mas vê a falta de energia elétrica como problema

CORSAN/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Larissa Britto
Larissa Britto
Desde novembro, as cidades de Gramado e Canela, na região das Hortênsias, sofrem com a instabilidade no abastecimento de água. De acordo com Rodrigo Lacerda, diretor executivo de operação da Corsan/Aegea, são dois os motivos para que isso ocorra: topografia das cidades e às frequentes quedas de energia. A cidade é abastecida pela concessionária RGE.
Desde novembro, as cidades de Gramado e Canela, na região das Hortênsias, sofrem com a instabilidade no abastecimento de água. De acordo com Rodrigo Lacerda, diretor executivo de operação da Corsan/Aegea, são dois os motivos para que isso ocorra: topografia das cidades e às frequentes quedas de energia. A cidade é abastecida pela concessionária RGE.
Segundo Lacerda, devido às quedas e oscilações de energia nas cidades de Gramado e Canela, a Corsan/Aegea encontrou dificuldades para abastecê-las no fim do ano. "Um dos desafios é a localização das redes e as interferências dos fornecedores que nos atendem para que o sistema funcione. Para que a água chegue à casa das pessoas, é preciso que a gente tenha energia elétrica", afirma.
Ele ressalta que a falta de água não foi contínua entre os meses de novembro e janeiro, e afirma que os sistemas, atualmente, estão operando normalmente. Os principais eventos relatados foram durante o período de dezembro, além de dois episódios em janeiro, segundo explicou o diretor.
A estação que capta a água está localizada na cidade de São Francisco de Paula. A partir dela, a água é encaminhada para a Estação de Tratamento de Esgoto de Canela, a qual é responsável pelo tratamento de toda água que atende ambos municípios. Para abastecer Gramado, que está situado a 700 metros em relação ao nível do mar, a Corsan possui bombas com capacidade de bombear a água em 200 litros por segundo a uma altura de 300 metros.
Em virtude das oscilações contínuas de energia entre os meses de dezembro e janeiro, os cinco equipamentos da companhia foram queimados. "O sistema de abastecimento de água foi amplamente impactado, ocasionando quebra nos equipamentos, demora na recuperação do sistema e causa nos desabastecimento ali na região de Gramado", relata o diretor.
Para solucionar o problema, a Corsan/Aegea investiu em adutoras de água, no fortalecimento da estação de tratamento, assim como na troca de bombas e em novos equipamentos. O investimento total, de acordo com Rodrigo, foi de cerca de R$ 20 milhões.
Ao longo do mês de janeiro, o desabastecimento foi ocasionado novamente pela falta de energia elétrica. Para evitar novas intercorrências, a companhia adotou um plano de contingência, o qual pretende instalar geradores de energia definitivos no mês de abril. Até a sua instalação, a concessionária alugou cinco equipamentos, que permanecerão instalados na unidade do Poço da Faca.
Procurada para prestar esclarecimentos, a RGE concessionária responsável pelo serviço de distribuição de energia elétrica da Serra, afirmou que houve necessidade de manutenções emergenciais na rede elétrica que abastece a localidade de Poço da Faca, em Canela. As intervenções já ocorreram com objetivo de aprimorar o fornecimento de energia para a região.
 

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