A prefeitura de Estrela e a TidSat realizaram, nesta quinta-feira (13), a instalação de uma nova régua digital no Porto de Estrela. O equipamento já entra em operação neste final de semana e será testada nos próximos dias, quando mais uma vez há a previsão de altos volumes de chuva.
Novos equipamentos para a Defesa Civil já foram adquiridos e a instalação de um Central Meteorológica específica para Estrela já está em processo de aquisição, assim como a contratação de um profissional da área. A Defesa Civil também já fez a aquisição de novos materiais para as mais diversas operações, não somente as que envolvem as enchentes. As medidas devem auxiliar numa resposta de forma mais eficaz às situações de emergência, melhorando a gestão e mitigação dos riscos de inundações, cheias, desmoronamentos, quedas de pontes, interrupção de vias e outras consequências.
De acordo com o biólogo Émerson Musskopf, a régua no Porto de Estrela será a primeira de um total de cinco que o novo projeto de monitoramento planeja, sendo duas delas específicas nos arroios Boa Vista e Estrela, em algo até então inédito. "Hoje, em toda a Bacia do Rio Taquari, existem quatro réguas pelo antigo sistema. Agora teremos cinco somente em Estrela, dando a maior cobertura de toda a bacia e talvez até do Estado", explica. Outro diferencial, segundo ele, serão as duas réguas nos principais arroios, e que são fontes de alagamentos e inundações quando também o nível do Rio Taquari sobe.
O equipamento trará informações mais exatas - não apenas em boletins emitidos pela antiga medição, de hora em hora - e que poderão ser acompanhados de forma online pela população. O sistema de medição utiliza um sensor com radar parasítico, baseado na técnica de Refletometria por GPS. Esse sensor capta ondas de rádio transmitidas por satélites que refletem na superfície da água, permitindo a medição dos níveis de água a longa distância e a emissão de alertas de inundação mais precisos e instantâneos.
Com essa tecnologia, de acordo com a empresa, a medição pode ser realizada do topo de um prédio, sem a necessidade de contato direto com a água. Isso evita que uma régua seja inundada ou levada pelas correntezas. "E através de um site, que depois divulgaremos, a população poderá fazer o acompanhamento instantâneo das réguas e em tempo real, o que por si só unifica as informações e evitará medidas diferentes por fontes nem sempre confiáveis", ressalta.