Porto Alegre,

Publicada em 26 de Abril de 2024 às 00:30

Dados sobre o Cinturão Verde são apresentados em Santa Cruz do Sul

Compartilhe:
jornal cidades
Integrantes do Movimento pelo Cinturão Verde levaram ao conhecimento da comunidade os primeiros resultados de um mapeamento, que vem sendo realizado há três meses em Santa Cruz do Sul. O objetivo é levantar dados para aprimorar iniciativas de conservação ambiental e nortear medidas para as compensações de proprietários preservacionistas. As apresentações, no auditório da Procuradoria-Geral do município, foram conduzidas pelo geólogo José Alberto Wenzel, coordenador do Movimento e presidente do recém-criado Conselho Municipal de Gestão Socioambiental, além de integrantes da prefeitura.
Integrantes do Movimento pelo Cinturão Verde levaram ao conhecimento da comunidade os primeiros resultados de um mapeamento, que vem sendo realizado há três meses em Santa Cruz do Sul. O objetivo é levantar dados para aprimorar iniciativas de conservação ambiental e nortear medidas para as compensações de proprietários preservacionistas. As apresentações, no auditório da Procuradoria-Geral do município, foram conduzidas pelo geólogo José Alberto Wenzel, coordenador do Movimento e presidente do recém-criado Conselho Municipal de Gestão Socioambiental, além de integrantes da prefeitura.
Considerado um dos grandes corredores ecológicos da região sul do país, o Cinturão Verde que circunda Santa Cruz do Sul abriga uma ampla biodiversidade com extrema representatividade do bioma Mata Atlântica. Os dados apresentados na reunião apontam que a grande maioria - 87,5% - dos imóveis inseridos nos 463,79 hectares de abrangência ficam localizados em áreas privadas, ao passo que 12,5% correspondem a áreas públicas. São, ao todo, 752 lotes que integram o Cinturão, divididos em terreno, glebas, empreendimentos fechados e loteamentos.
De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Simone Schneider, a demarcação teve início em 1994 e, hoje, passados 30 anos, é provável que já tenha sofrido alterações. "Alguns marcos já não existem mais e, talvez, a área de abrangência já tenha, hoje, outra conformação, pelas fragmentações decorrentes da pressão urbanizadora", analisou.
Na avaliação do grupo de trabalho, no entanto, apesar do crescimento da cidade neste período, as ações de conservação historicamente postas em prática vêm sendo positivas. Conforme a secretária municipal de Planejamento e Governança, Karianne Pacheco, alguns tipos de edificações são toleradas dentro dos limites do Cinturão, com especificidades. "É uma zona de ocupação controlada, pelo uso restrito da urbanização", definiu. Segundo Karianne, que é arquiteta e urbanista de formação, a preservação e futura ampliação do Cinturão é fundamental para toda a região, ao passo que favorece a drenagem da cidade, evita a formação de ilhas de calor e absorve parte da poluição.
O Conselho de Gestão Ambiental de Santa Cruz do Sul foi empossado em abril com as atribuições de examinar, esclarecer e propor ações relacionadas ao Cinturão Verde e outros assuntos de relevância relacionados com o meio ambiente em âmbito municipal. O órgão é composto por 12 titulares e 11 suplentes e está subordinado diretamente ao Gabinete da prefeita. 

Notícias relacionadas