Porto Alegre,

Publicada em 04 de Abril de 2024 às 00:30

Estudo em Arroio do Meio identifica visão de crianças sobre répteis

Ideia dos pesquisadores foi descobrir qual a percepção dos jovens sobre a relação com os animais

Ideia dos pesquisadores foi descobrir qual a percepção dos jovens sobre a relação com os animais

/Luiz Liberato Costa Corrêa/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
Um estudo conduzido no município de Arroio do Meio revelou que estudantes do ensino fundamental apresentam uma compreensão distorcida sobre a importância e características dos répteis. A pesquisa, realizada pela Univates em parceria com uma escola local, analisou os conhecimentos prévios e os mitos associados a esses animais, bem como suas interações com os estudantes. O estudo é de autoria de Mathias Hofstätter, acadêmico do curso de Ciências Biológicas; Luiz Liberato Costa Corrêa, tutor do curso de Ciências Biológicas - EAD; e das pesquisadoras Elisete Maria de Freitas e Liana Johann. 
Um estudo conduzido no município de Arroio do Meio revelou que estudantes do ensino fundamental apresentam uma compreensão distorcida sobre a importância e características dos répteis. A pesquisa, realizada pela Univates em parceria com uma escola local, analisou os conhecimentos prévios e os mitos associados a esses animais, bem como suas interações com os estudantes. O estudo é de autoria de Mathias Hofstätter, acadêmico do curso de Ciências Biológicas; Luiz Liberato Costa Corrêa, tutor do curso de Ciências Biológicas - EAD; e das pesquisadoras Elisete Maria de Freitas e Liana Johann. 
O Rio Grande do Sul, apesar de estar localizado em uma região de clima subtropical, apresenta uma herpetofauna rica. São reconhecidas 132 espécies de répteis no estado, estando 12 delas incluídas na lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção.
Os resultados da pesquisa, conduzida com 111 alunos do 6º ao 9º ano, mostraram que, embora haja um reconhecimento satisfatório de alguns répteis, como serpentes, lagartixas e tartarugas, há uma confusão significativa sobre outros, como a popularmente conhecida cobra-de-duas-cabeças ou cobra-cega (Amphisbaena prunicolor).
Quando questionados sobre a periculosidade dos répteis, a maioria dos estudantes os considerou perigosos, associando-os principalmente à venenosidade e à possibilidade de mordidas ou ataques. No entanto, apenas uma pequena proporção dos estudantes reconheceu que os répteis geralmente apresentam comportamentos defensivos apenas quando se sentem ameaçados.
Além disso, a pesquisa revelou que muitos estudantes têm pouco contato direto com os répteis, com uma proporção significativa relatando ter matado um animal quando o encontrou. O medo e a repulsa também foram sentimentos comuns associados a esses animais, destacando uma aversão enraizada na sociedade.
O estudo, no entanto, também destacou a eficácia das abordagens educacionais na reformulação das atitudes e comportamentos em relação aos répteis. Intervenções educacionais podem desempenhar um papel importante na redução dos sentimentos negativos associados a esses animais, permitindo uma apreciação mais ampla de sua importância no ecossistema.
Diante desses resultados, os pesquisadores enfatizaram a importância da Educação Ambiental não apenas nas escolas, mas em toda a comunidade. O conhecimento e a compreensão sobre os répteis podem não apenas promover uma coexistência mais harmoniosa entre humanos e animais, mas também garantir a conservação dessas espécies essenciais para o equilíbrio ambiental.
"Ao descobrir a percepção negativa que as crianças têm desses animais, os educadores podem adaptar suas estratégias de ensino para desafiar essas percepções e promover uma compreensão mais precisa e positiva dos répteis", afirma Mathias Hofstätter. "Isso pode ser feito por meio da introdução de programas educacionais que ofereçam informações precisas sobre a biologia", complementa.

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