Porto Alegre,

Publicada em 20 de Março de 2024 às 00:30

UPF concederá bolsas para pessoas privadas de liberdade

Acordo foi firmado entre universidade e Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo por 60 meses

Acordo foi firmado entre universidade e Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo por 60 meses

/Caroline Simor/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
A Universidade de Passo Fundo (UPF) assinou um acordo de cooperação que concederá cinco bolsas integrais nos cursos de graduação na modalidade híbrida na instituição, voltado para pessoas privadas de liberdade. O processo seletivo, bem como as condições para que as aulas ocorram serão de responsabilidade da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo. O prazo de vigência será de 60 meses, a contar da data da publicação da súmula no Diário Oficial do Estado.
A Universidade de Passo Fundo (UPF) assinou um acordo de cooperação que concederá cinco bolsas integrais nos cursos de graduação na modalidade híbrida na instituição, voltado para pessoas privadas de liberdade. O processo seletivo, bem como as condições para que as aulas ocorram serão de responsabilidade da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo. O prazo de vigência será de 60 meses, a contar da data da publicação da súmula no Diário Oficial do Estado.
O acordo prevê a inserção dos selecionados em cursos de graduação da universidade, bem como a interlocução com o universo acadêmico por meio da pesquisa e da extensão. Além disso, haverá o envolvimento da comunidade acadêmica em ações junto ao sistema penal, conforme cronograma e plano elaborado. Conforme a reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, a ideia, que nasceu de uma conversa junto com a Liga Acadêmica da Faculdade de Medicina, traz na sua essência os objetivos de cada um dos atores envolvidos.
Ela destacou que tanto a universidade quanto a Secretaria, Ministério Público e agentes políticos, têm atuado para resolver a questão da ressocialização da comunidade penal e que cooperações como esta surgem como ferramentas que promovem a mudança. "Estamos aqui num círculo que representa muito daquilo que cada um de nós faz nas nossas trajetórias profissionais. Essa iniciativa talvez possa ser pequena diante da necessidade, mas é um ato que simboliza o nosso compromisso com o desenvolvimento das pessoas que estão privadas de liberdade", observou.
Mateus Schwartz, Superintendente dos Serviços Penitenciários da Policial Penal, lembra que a iniciativa teve início em 2021, quando a equipe começou a fazer contato com instituições de ensino, buscando as permissões de cooperação e acesso à formação superior para as pessoas privadas de liberdade. "Atualmente, nós temos 41 presos, já fazendo esse estudo através de bolsas por todo o estado. Outros 48 estão estudando porque atingiram as notas e tiveram acesso pelo ENEM. Essa realidade representa a mudança que queremos para a Polícia Penal e é resultado de um trabalho coletivo", frisou.
 

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