A audiência pública realizada pela Secretaria de Estado de Concessões e Parcerias (Separ), em Santo Ângelo, tratou sobre a concessão do Aeroporto Regional Sepé Tiaraju à iniciativa privada. No entanto, o projeto apresentado não agradou aos missioneiros e várias adequações foram sugeridas. Foram várias as manifestações de contrariedade ao modelo de projeto, principalmente pelas representações das entidades de classe de Santo Ângelo.
Entre as sugestões das lideranças regionais, está a inclusão no projeto de concessão da instalação no aeroporto de um posto de abastecimento para as aeronaves, da manutenção de área para o Aeroclube de Santo ngelo, a revisão da concessão a cada cinco anos e revisão imediata da projeção da demanda de passageiros. Embora a internacionalização do Aeroporto Regional Sepé Tiaraju seja de responsabilidade do governo federal, o secretário Pedro Capellupi afirmou que o Estado dará apoio incondicional ao pleito regional.
O secretário garantiu que as sugestões apresentadas serão levadas à análise da equipe técnica da Separ, formatadas e incluídas no projeto de concessão, inclusive a formação de uma comissão regional para fiscalizar e acompanhar a gestão de uma eventual empresa vencedora do processo de concessão. Após formatado, o termo de concessão deverá passar ainda pela avaliação do Tribunal de Contas do Estado. "Não é um projeto final. Foram colhidas considerações da comunidade regional que conhece muito bem a sua realidade. O projeto precisa ser melhorado e será melhorado", declarou.
O prefeito de Santo Ângelo, Jacques Barbosa, reconheceu que a audiência pública foi um avanço nas tratativas. Ele fez algumas considerações sobre o projeto, sugerindo a inclusão de itens de interesse regional e afirmou que a municipalização do aeroporto é muito difícil em razão de aspectos legais e das restrições orçamentárias, considerando o investimento inicial necessário de R$ 60 milhões na infraestrutura do aeródromo. O chefe do Executivo santo-angelense solicitou a inclusão no termo de cessão que os voos comerciais disponíveis não sejam suspensos durante as obras no aeroporto.
Conforme o termo, a empresa vencedora do processo de concessão pelo período de 30 anos será a responsável pela instalação de equipamentos necessários para a qualificação, a manutenção do espaço e a expansão do aeroporto, com a exigência de investimento de R$ 50,9 milhões. Para participar do leilão, a empresa deverá apresentar o Plano de Gestão da Infraestrutura e o Programa de Melhoria na Infraestrutura do aeroporto. A previsão de lançamento do edital é para o mês de agosto deste ano, e a realização do leilão em outubro.

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