Um dos desafios dos microempreendedores individuais é conseguir crédito neste momento de pandemia da Covid-19. Há quem não tenha acesso a capital por estar há pouco tempo no mercado ou por não ter comprovação de renda. A maioria dos bancos brasileiros, no entanto, disponibiliza linhas específicas para quem é MEI.
A procura por dinheiro é tanta que o balanço trimestral do Santander apresentou crescimento. "A carteira de crédito de pequenas e médias empresas - universo onde estão incluídas as MEIs - totalizou R$ 44,106 bilhões ao final de março, aumento de 24,9% ante os R$ 35,307 bilhões dos três primeiros meses de 2019", compara Franco Fasoli, diretor do segmento de Empresas, Governos & Instituições do Santander Brasil.
Especificamente para MEIs, há o projeto
Copiloto Santander. Trata-se de uma solução completa de automação da gestão financeira, já que o empreendedor tem acesso a relatórios financeiros da empresa, informações de fluxo de caixa, gestão de estoque e mais, direto do internet banking. Além disso, oferece a possibilidade de criar uma vitrine para vender pela internet através de uma loja virtual.
"Desde o dia 3 de abril, quando foi feito o lançamento, estamos chegando a cerca de 600 contratações. E, nesse período de pandemia, o acesso à ferramenta é gratuito por três meses. Depois, fica R$ 14,90 por mês. A solução chega em linha com o que acreditamos que seja o grande desafio para as MEIs: apoio nas vendas e na gestão de seu negócio", considera Franco.
A instituição divulgou, ainda, o microcrédito com a opção de prorrogação de parcelas com condições e prazos especiais para esse momento de pandemia, cartão de crédito e débito e a máquina de cartão SuperGet. Mais informações
aqui.
O Bradesco está apoiando os clientes MEI com crédito pré-aprovado. São linhas para fazer frente às necessidades de fluxo de caixa, aproveitar oportunidades para investimentos, aquisição de bens, como veículos, máquinas e equipamentos, e antecipação de recebíveis para atender uma necessidade ou oportunidade imediata de recursos. As modalidades contam com carência que pode chegar até 120 dias e prazos de até 60 meses.
Para o público MEI, o banco também disponibiliza um portal exclusivo (mei.bradesco) com diversas orientações e serviços. Em parceria com a Market Up e Dicas MEI, há a opção de criação de CNPJ, a formalização do MEI (CCMEI - Certificado de Condição do MEI), o recolhimento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), bem como a oferta de software para apoio na gestão do negócio, loja virtual e PDV gratuito e integrado. No portal, o interessado encontra cursos que apoiam na gestão financeira e de negócios em parceria com o Sebrae. O público MEI conta, também, com a opção de abertura de conta pelo app Bradesco Net Empresa.
Outra boa notícia é que o Sebrae e a Caixa assinaram um convênio com o objetivo de facilitar o acesso das micro e pequenas empresas (MPE), bem como microempreendedores individuais (MEI), a crédito. A medida faz parte do conjunto de iniciativas que vem sendo implementado pelo Governo Federal e pelo Sebrae para reduzir o impacto provocado pela crise do coronavírus sobre os pequenos negócios no Brasil.
A expectativa do Sebrae é que esta operação de socorro comece com R$ 500 milhões para o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) em garantias, o que permitirá a concessão de aproximadamente R$ 6 bilhões (podendo chegar a R$ 7 bilhões) em negócios. Entre os demais bancos que tem condições especiais para a crise da Covid-19, estão Banco do Brasil e Itaú.