Com o impedimento de funcionar com atendimento presencial devido à pandemia de coronavírus, alguns restaurantes sofreram prejuízos determinantes. Foi o caso do Marcos Sushi, restaurante japonês que atuava há seis anos na rua Barão do Amazonas, em Porto Alegre. Segundo o sócio-proprietário, Marcos Machado, o negócio tinha oito funcionários que produziam para uma cartela que chegava aos 7 mil clientes.
"Abrimos o restaurante como um sonho e o nosso foco sempre foi o atendimento presencial. Ao passar dos anos, criamos formas de 'mimar' os clientes. Mas não conseguimos acompanhar as mudanças tão rápido", conta. Mesmo já realizando tele-entregas antes do fechamento dos estabelecimentos, o negócio dedicava esforços para o público que se deslocava até o local. "Era a nossa essência."
Essa atenção, segundo Marcos, era necessária porque o sushi é um produto delicado, que deve ser feito e consumido na hora. "Vai contra os meus princípios", afirma, sobre investir no delivery com mais apreço. Outro ponto de destaque, para ele, é o fato de que a culinária japonesa precisa de insumos caros para ser feita. "Não abrimos o restaurante para ficarmos ricos", pontua. Com o passar dos dias, conta o sócio, foi preciso tirar dinheiro do próprio bolso para manter o funcionamento da tele-entrega, o que oneraria ainda mais a operação.
A decisão, enfim, foi encerrar a atividade. "Mesmo que a gente quisesse voltar com as restrições, teríamos que tirar mesas. Já temos um espaço pequeno, então, teríamos problemas", reflete. Para o futuro, Marcos afirma que está estudando possibilidades no ramo de gastronomia. "Infelizmente, vão ter muitos restaurantes que ainda vão fechar em Porto Alegre", finaliza.
Agora, alguns funcionários do empreendimento se uniram para abrir outra operação no local.