Um novo capítulo para o complexo da antiga fábrica Rheingantz, em Rio Grande, foi escrito. A Innovar Participações e Incorporações, proprietária do espaço e responsável por sua revitalização, firmou o protocolo de intenções com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) para a implementação de projetos da instituição no complexo. O nome do museu ainda não foi definido, mas ajudará a contar um pouco da história da cidade.
Segundo o pró-reitor de Extensão e Cultura da FURG, Daniel Prado, o museu também representa um novo potencial para o turismo na região. Prado será o coordenador da fase inicial do projeto, que deve contar ainda com a participação de arqueólogos, historiadores e profissionais e estudantes de outras unidades acadêmicas da FURG em cogestão com a Innovar. Nas fases seguintes, a Pró-reitoria de Infraestrutura (Proinfra) desenvolverá os projetos executivos, de orçamento e especificações técnicas da obra para que se possa viabilizar os recursos financeiros do museu.
As obras de revitalização da parte tombada estão focadas em manter a estrutura e elementos originais, preservando a história do local. A área total do terreno conta com 14,6 hectares. O objetivo é construir um novo espaço urbano com o DNA das suas origens e projetos voltados a um ecossistema de empreendedorismo, inovação, cultura e bem-estar abertos à população.
Ricardo Henriques, representante da Innovar, destaca que a preservação histórica e cultural do espaço é prioridade na revitalização em andamento. "Não se trata apenas de recuperar o complexo arquitetônico, mas também o acervo de todos os artigos que contam a história da Rheingantz, da cidade e dos incontáveis heróis anônimos que contribuíram com seus esforços e sacrifícios para consolidar a presença humana neste território desde o século XVIII. Queremos que as pessoas se sintam parte dessa história em breve, visitando o museu e se identificando também com a nova Rheingantz, que será uma fase conectada ao futuro, mas respeitando o passado, onde se apresentam novos usos para um antigo espaço", explicou Henriques.
A fábrica foi um dos maiores complexos da indústria têxtil da América Latina, tendo sido inaugurada em 1873. Mais de 2.000 funcionários chegaram a trabalhar simultaneamente no local. Na década de 1980, as operações foram finalizadas devido à falência da empresa proprietária à época. Parte do complexo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em 2012, quando houve o
leilão em que a Innovar Incorporações arrematou o imóvel por R$ 14,9 milhões.
"Esse é um passo fundamental para a Nova Rheingantz e que estamos articulando desde 2015 com a FURG. Ter a instituição como nossa parceira e atuante na revitalização é um marco para essa história", destacou o Gestor do Projeto da Nova Rheingantz, Ricardo Henriques.