Isadora Jacoby

Antes de ter um espaço físico, a Plusman já operava por e-commerce enviando para todo Brasil

Loja plus size focada no público masculino reúne mais de 6 mil peças em Porto Alegre

Isadora Jacoby

Antes de ter um espaço físico, a Plusman já operava por e-commerce enviando para todo Brasil

Identificar uma demanda de mercado pouco atendida e canalizar isso em um negócio é uma das estratégias escolhida por muitas pessoas na hora de empreender. Com Tais Meitling Martins, 44 anos, não foi diferente. Observando a dificuldade do público masculino para encontrar roupas plus size mais descoladas, ela criou a Plusman Brasil, que nasceu primeiro com um e-commerce, e, agora, conta com um espaço físico em Porto Alegre. 
Identificar uma demanda de mercado pouco atendida e canalizar isso em um negócio é uma das estratégias escolhida por muitas pessoas na hora de empreender. Com Tais Meitling Martins, 44 anos, não foi diferente. Observando a dificuldade do público masculino para encontrar roupas plus size mais descoladas, ela criou a Plusman Brasil, que nasceu primeiro com um e-commerce, e, agora, conta com um espaço físico em Porto Alegre. 
Engenheira, Tais atuou muito anos na área de formação antes de empreender na área da moda. Natural de São Paulo, ela conta que seus pais tiveram, por 25 anos, uma loja focada no público plus size que atendia tanto o público masculino quando o feminino na capital paulista. "Tudo começou com uma dor do meu pai, que não encontrava roupa. Ele tem o sangue empreendedor, então foi atrás para abrir a loja com a minha mãe. Se hoje é difícil encontrar roupa plus size, imagina naquela época", pondera a empreendedora, que teve o insight de montar o próprio negócio quando os pais se aposentaram e decidiram fechar a loja. "Quando eles decidiram fechar, me deu uma dó porque é um mercado carente. Decidi adaptar, fazer só online, porque estava envolvida com a engenharia, e me dedicar só para o masculino, porque acho que o feminino tem mais opções. E eu via que aqui em Porto Alegre não tinha uma loja com roupas modernas, com caimento bacana", conta Tais, que mora na Capital desde 2010. 
ISADORA JACOBY/ESPECIAL/JC
Assim, Tais deu início ao e-commerce da marca (plusmanbrasil.com.br), de onde enviava peças para todo Brasil, além de participar de feiras dedicadas ao segmento. Depois de dois anos, sentiu que, para o negócio avançar, era necessário investir em um espaço físico. "As pessoas começaram a perguntar se não tinha lugar para experimentar, e eu fazia feira só de três em três meses. No final de 2019, comecei a procurar lugar para dar esse passo", lembra Tais, que analisou o perfil de consumo do público masculino para escolher o número 2.301 da rua Anita Garibaldi, onde fica um posto da rede Shell que abriga diversas operações. "Queria um local que fosse fácil de estacionar, e que os homens se identificassem. E quer coisa melhor que um posto de gasolina? Moro no bairro e foi uma oportunidade que apareceu com o pessoal do posto Shell", acredita a empreendedora. 
Com foco em uma moda mais casual e descolada, o espaço reúne mais de 6 mil peças de roupas, entre jaquetas, bermudas, calças, cuecas, camisas e até suspensórios, que vão do tamanho 48 ao 80. "A ideia da loja não é só vender roupas, mas humanizar isso, para que eles se sintam à vontade. A roupa tem que cair bem, não importa o corpo. A dor dos clientes é que vão nas lojas e têm somente três peças no tamanho, às vezes, nem gosta da cor, do modelo, mas é o que tem e acaba levando. Aqui não. Tem várias cores, tem o tradicional, tem com estampa. Tem para tudo", garante Tais, contando que o espaço físico incrementou, inclusive, a venda online. "Me sinto bem feliz de ter aberto a loja física, deu um boom, aumentou muito meu número de clientes", comemora. 
No online, por sinal, para se destacar, a estratégia é o atendimento personalizado por WhatsApp. Todas as peças são medidas e adaptadas a uma tabela própria para evitar que o cliente compre o tamanho errado. "Nosso público é bem forte também em São Paulo. Mas tenho cliente fiel até da Bahia, porque fazemos um atendimento personalizado, mandamos vídeos das peças, medimos", conta. 
Os planos para 2022 é investir mais em mídias e fazer parcerias com lojas plus size femininas. "Adoro trabalhar com os homens. Estou bem contente. As pessoas falam que eu tenho que ter o PlusWoman, quem sabe mais para frente, mas por enquanto o foco é neles. 2021 foi um ano maravilhoso, de bastante crescimento, ganhei muito mais visibilidade. Minha ideia para 2022 é investir ainda mais forte em mídias e fazer parceria com o feminino", revela a empreendedora, que enxerga que ainda há muito espaço para quem deseja empreender no segmento. "É uma dor para a pessoa ela querer uma roupa e não servir. É um mercado que tem tudo para crescer. As pessoas não acreditam muito porque homem é mais difícil de comprar roupa, mas quando ele encontra começa a se gostar e aí quer comprar mais. Eleva a autoestima das pessoas, e elas querem comprar mais, porque se veem mais bonitas, e assim o mercado cresce para todo mundo", acredita.  
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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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