Mauro Belo Schneider

Técnica chama atenção de público que curte artigos nostálgicos

Motorista de ônibus transforma miçangas em pixel art em Porto Alegre

Mauro Belo Schneider

Técnica chama atenção de público que curte artigos nostálgicos

Rodolfo Schmidt Neto, 35 anos, que trabalha como motorista de ônibus em Porto Alegre, encontrou nas miçangas uma forma de aliviar sua ansiedade. A empresa pública onde trabalha, a Carris, passa por momentos de insegurança, o que torna essa atividade um complemento de renda e fonte de distração.
Rodolfo Schmidt Neto, 35 anos, que trabalha como motorista de ônibus em Porto Alegre, encontrou nas miçangas uma forma de aliviar sua ansiedade. A empresa pública onde trabalha, a Carris, passa por momentos de insegurança, o que torna essa atividade um complemento de renda e fonte de distração.
“Meu trabalho principal, do qual me orgulho muito, é como motorista. Mas, como o prefeito está querendo vender a empresa a todo custo, quem sabe, em breve eu não vou ter mais tempo para me dedicar aos beads”, diz ele, usando o conceito que é usado internacionalmente para os materiais plásticos.
Rodolfo, que confecciona chaveiros, quadros, brincos, pingentes, botons, ímãs de geladeira e totens, gostou tanto da prática manual que criou uma conta no Instagram, a @beadsbrasiloficial, que tem mais de 1 mil seguidores. Participa, ainda, de feiras de artesanato pela cidade e lançou um site onde vende as peças prontas e kits para quem também quiser aprender as técnicas que utiliza. Ele, aliás, ensina interessados de forma gratuita.
Instagram/Reprodução/JC
“Essas miçangas especiais, chamadas de fusebeads ou simplesmente beads, ainda não se popularizaram no Brasil, então são muito difíceis de encontrar. Por isso, eu compro direto da China. Devido a essa lacuna no mercado, revendo a matéria-prima e as ferramentas para quem quer fabricar. Isso abriu portas para outros estados onde hoje tenho clientes”, afirma.
O processo de derretimento das miçangas para gerar personagens ou figuras chama-se pixel art. “O que faço, na verdade, é transformar um trabalho abstrato em algo físico”, detalha.
Instagram/Reprodução/JC
O empreendedor descobriu o termo na internet há cerca de dois anos. O isolamento social, gerado pela pandemia do coronavírus, foi o empurrão que faltava para testar o que via nas telas do computador. “Trabalhar com isso exige concentração, mas é extremamente relaxante e me ajudou a lidar com 2020”, diz Rodolfo, que cursou alguns semestres de Letras na UniRitter e estuda Gestão Comercial na Uniasselvi atualmente.
A linha que mais agrada o público de Rodolfo é a geek. Jogos antigos, segundo ele, são bem pixelados e trazem nostalgia para muita gente. Por isso, os artigos baseados no Super Mário World são os que mais chamam atenção, mas os de desenhos e animes também são bastante vendidos. O preço parte de R$ 2,50 pelo produto pronto e pode ultrapassar os R$ 100,00.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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