Mauro Belo Schneider

Empreendedora iniciou em feiras de Porto Alegre até migrar para o interior

Jovem que começou vendendo cobertores abre loja de 200m² em Cachoeira do Sul

Mauro Belo Schneider

Empreendedora iniciou em feiras de Porto Alegre até migrar para o interior

A loja Pé Quente, de Cachoeira do Sul, é a concretização das estratégias traçadas pela porto-alegrense Assyria Bugs, 27 anos. Quem a vê, hoje, no cargo de dona de um empreendimento de 200m² não imagina que ela começou no mundo dos negócios vendendo cobertores, em 2015.
A loja Pé Quente, de Cachoeira do Sul, é a concretização das estratégias traçadas pela porto-alegrense Assyria Bugs, 27 anos. Quem a vê, hoje, no cargo de dona de um empreendimento de 200m² não imagina que ela começou no mundo dos negócios vendendo cobertores, em 2015.
“Comprava um pouco e vendia um pouco, tudo a partir do Facebook. Descobri um fornecedor e, com a ajuda do meu pai, Jaime, montei meu primeiro estoque e aumentei a quantidade das vendas”, lembra ela, que é formada em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), vaga que conquistou porque ganhou bolsa mérito, concedida ao primeiro lugar na colocação do vestibular na época.
Assyria demonstrava habilidades para gestão desde cedo e, por isso, acabou envolvendo a família toda na empreitada. A mãe, Rosa, a encontrava de ônibus no Centro Histórica da Capital para entregar os produtos. O pai fazia as vezes de motoboy e a irmã, Rayssa, ajudava a embalar os itens.
Arquivo Pessoal/Divulgação/JC
“Aos poucos, passei a vender para as cidades da Grande Porto Alegre e recebia feedback das clientes pedindo outros produtos além dos cobertores, como lençol e toalha. Então, em 2016, aumentei o nicho de produtos e iniciei a participação em feiras de rua, em praças e no estádio Beira-Rio, que foi um passo muito importante para a Pé Quente. Aliás, o nome surgiu do retorno de minhas clientes afirmando serem pé quentes (sortudas) por me encontrarem, e encontrarem meus produtos”, relata a empreendedora.
Arquivo Pessoal/Divulgação/JC
O mundo de Assyria passou a ser o seu negócio. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da faculdade foi inspirado em sua marca e nos formatos de venda online.
Ao se mudar para Cachoeira do Sul, em 2016, sentiu-se encorajada para procurar um shopping da cidade e sugerir a promoção de uma feira por lá. “As vendas foram um sucesso. Adicionei ofertas, montamos prateleiras novas e isso me levou a abrir a primeira loja física da Pé Quente no segundo andar do shopping”, diz.
Foram seis meses de 12 horas de trabalho por dia, em 2017, calcula Assyria. Em 2018, reinaugurou a Pé Quente (@artigospequente) em uma das principais ruas da cidade, no centro. Uma loja totalmente planejada, mas que tinha algo errado. “Em muitos fins de semana, eu saía para caminhar em outras ruas da cidade para entender o que os clientes estavam comprando, onde eles estavam. E foi assim, finalmente, que migrei para a rua de lojas de redes de Cachoeira do Sul. O crescimento foi pulsante”, compartilha, acrescentando que a expansão trouxe, inclusive, a parceria do namorado Dener Siqueira.
Veri Stoll/Divulgação/JC
No ano 2020, o faturamento foi três vezes superior ao de 2018. Em agosto de 2021, ultrapassou o faturamento anual de 2020. Quando chegou a pandemia, no entanto, Assyria teve de trazer à tona os conhecimentos do início de sua jornada, do contato com o público através da internet.
E, apesar dos desafios, ela continua a somar histórias na bagagem. O “Pé Quente” está apenas no nome, pois há muito trabalho por trás da fachada instalada na rua Júlio de Castilhos, n° 276.
Pé Quente/Divulgação/JC
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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